quarta-feira, 13 de abril de 2011

Jovens do Tocantins - Comportamento I PARTE

JOVENS DO TOCANTINS – COMPORTAMENTO. I PARTE.
Caderno Complementar – Mapa da Violência 2011: Acidentes do Trânsito, é o titulo do desdobramento do Mapa da Violência lançado em fevereiro, mostra o Tocantins como o estado com a maior taxa de mortalidade em acidentes de trânsito. Em 2008 foram registrados 35,6 óbitos para cada cem mil habitantes no estado. O estudo mostra também que o Tocantins junto com Rondônia, Roraima, Distrito Federal, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul estão acima da média nacional, quanto a óbitos de ciclistas no trânsito. Em vitimas de acidentes de carro, Gurupi com 45,7 óbitos é a segunda maior taxa de mortalidade nacional. Em âmbito nacional é preocupante a taxa de mortalidade dos jovens que supera a do restante da população. De 1998 a 2008 a taxa de óbitos no trânsito brasileiro subiu de 19,1 para 20,2 óbitos para cada cem mil habitantes. No mesmo período a taxa de mortes entre os jovens subiu de 20,9 para 25. O Globo, 13 de abril de 2011. Fonte: Caderno Complementar – Mapa da Violência 2011: Acidentes de trânsito, do sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, lançado em fevereiro.
São números preocupantes que devem levar a sociedade a uma reflexão sobre essa verdadeira tragédia que se trata a violência no trânsito, não levando em conta as mortes provenientes das brigas e discussões que tem banalizado ainda o valor da vida humana no Brasil. São diversas questões que devemos abordar a partir desse estudo o primeiro que devemos levar em consideração está no fim de vários sonhos destruídos. Outro ponto é quando avaliamos esses números iremos perceber que são comparados aos números de uma guerra. Em 2008, por exemplo, o total de jovens mortos no trânsito foi de 8.669, quando identificamos as vitimas com o tipo de veículos iremos perceber que as mortes por acidentes de moto foram 3.432 no total.
Em 2009 e 2010 foram realizadas 525 entrevistas com jovens de 15 a 21 anos, dessas entrevistas 52 eram com menores de 15 anos todas do sexo feminino. As entrevistas forma experiências fantásticas onde algumas se transformaram em conversas e alguns encontros com famílias e mostraram jovens maduros e conhecedores do seu papel na sociedade atual. Encontrei também jovens com pensamentos preconceituosos e conservadores, outros desconheciam alguns temas que estão sendo debatidos como a redução da maioridade penal, sobre o aborto e sobre a descriminalização das drogas. A função do meu trabalho em mostrar como vive e pensa os jovens brasileiros não é o de questionar nem tão pouco julgar valores ou fazer juízo de nenhum deles. Isso deve ficar a cargo da sociedade e principalmente pelos cidadãos comuns deste país, isso porque os setores organizados muitas das vezes não os representam muito pelo contrario, em diversos momentos os conduzem ao erro, até porque os setores organizados falam para seus pares. O sindicato para sua categoria, os ambientalistas muitos falam em nome próprio ou de uma luta especifica e assim são os outros grupos. O cidadão comum é contraditório, conservador, preconceituoso, radical seja pra direita ou esquerda, fiel ou não de alguma religião. E assim são os jovens, até porque são reflexos de onde vivem e são moldados. Vivemos em uma sociedade com conflitos constantes. A violência domestica e as praticadas contra crianças e adolescentes atingem números absurdos e inexplicáveis, a maioria resultado de uma criação machista onde o homem é o todo-poderoso e proprietário da mulher ou dos filhos, em alguns casos em que o pai abusa sexualmente do filho ou da filha, a sua resposta é: ele pode fazer o que quiser, pois ele é o pai. O mesmo se justifica quando agride a mulher, que o lugar dela e cuidando da casa e não trabalhando, em muitos casos chegam a ser comparadas a uma “vagabunda”. O álcool também é um dos motivadores desta violência tão comum e difícil de combater. Os índios em varias cidades que passei eram chamados de mendigos, vagabundos e pra que dar terras para eles. Muitos jovens deixaram de falar com amigos ao descobrirem que eram homossexual interessante nesse comportamento é quanto aos que utilizam drogas não são tratados da mesma forma. A situação é mais grave quando relacionada às meninas o preconceito é mais forte. A situação religiosa também acaba se tornando um fator de ajuda no crescimento do preconceito. As famílias são na verdade responsável por diversos pontos que acaba atingindo os jovens, o numero de mortes no trânsito, por exemplo, podemos justificar na entrega de carros nas mãos de jovens despreparados que ao combinar volante, álcool ou outro tipo de droga acabam se transformando em verdadeiras maquinas de morte. Não é difícil encontrar jovens na porta de bares, lojas de conveniência, boates até altas horas da madrugada. As corridas de carros nas ruas mal conservadas ou com vários redutores de velocidades se transformam em verdadeiras armadilhas. O resultado se encontra nos hospitais, diversos jovens mutilados, famílias chorando seus mortos e a violência atingindo números que poderiam ser controlados caso as famílias cumprissem com seu papel assim como as autoridades, pois é fácil observar a falta de fiscalização ou o famoso deixa disso, pois o jovem é filho Sr. De Tal.

domingo, 10 de abril de 2011

Desafios para 2011

2011 OS NOVOS E VELHOS DESAFIOS
A sociedade tem no cidadão comum a sua parte mais frágil e contraditória.
A dificuldade a que estamos assistindo nas relações entre pais e filhos apenas confirma a perda valores tão marcante e presentes antigamente no seio das famílias. A relação conflituosa existente na família não ocorre só no Brasil, no mundo inteiro assistimos esse desgaste. A falta de educação não é a única responsável pelas mazelas que vem ocorrendo no Brasil e no mundo. Evidencia sim, que acima de tudo estamos perdendo o significado do amor, da defesa da humanidade e o mais grave, a vida vem sendo colocada em um plano inferior e sem valor.
EDUCAÇÃO
No Brasil é consenso de que a solução dos problemas que enfrentamos passa por uma educação de qualidade e assim encontraremos o caminho para enfrentar a desigualdade social e combater de maneira eficaz a miséria e a pobreza. O problema é que esse discurso vem desde a promulgação da Constituição Federal em 1988. Alguns avanços aconteceram é bem verdade, no entanto se comparado com a necessidade que a sociedade brasileira possui para seu desenvolvimento veremos que foi tímido esse avanço. A luta pela universalização do ensino e pelo aumento de recursos não pode servir como conquistas que venham satisfazer nossa sociedade precisaram ser mais ambiciosas em nossas reivindicações.
O sistema educacional brasileiro está próximo da falência mesmo com a melhora nas ultimas décadas. Essa falência começa quando identificamos como avanço na educação a universalização do acesso à escola. Ou ainda ao considerar o aumento de recursos como uma melhora na educação, o que na verdade não passa de uma ilusão. A situação da educação no Brasil é na verdade a demonstração da ausência de políticas publica voltada para nossa infância e juventude. Outro grande erro, esta na separação do debate sobre educação, da escola particular e a pública. Quando na verdade encontramos problemas nos dois sistemas. O professor seja ele da escola publica ou particular encontra-se desmotivado seja devido à remuneração deficiente, seja pela formação de professores em alguns casos realizada inadequada devido a péssimos cursos. Contribuem ainda para essa falta de estimulo, escolas fisicamente precárias, com salas superlotadas e pequenas, escolas de latas etc. Esse é o sistema de educação no Brasil que encontramos em pleno século XXI, se fizermos comparações entre as regiões brasileiras a situação piora ainda mais. Regiões como o norte e nordeste a situação de declínio fica mais evidente.
A diferença com relação à escola publica da particular esta na população que freqüenta os dois sistemas, e que ai fica caracterizado ainda mais essa falência, o pobre tem na escola publica o seu lugar de estudo enquanto os filhos da classe média e dos ricos estudam em boas escolas particulares. O resultado dessa diferença de tratamento custa ao Brasil um preço alto no momento do seu desenvolvimento econômico.
O Brasil ao longo de sua historia vem construindo um modelo excludente, fazendo milhões de pessoas terem acesso à escola que na verdade não tem conseguido realizar seu trabalho ou ainda que milhares pelo menos continuem freqüentando. O resultado desse modelo fez com que as cidades ficassem cheias e violentas. Depoimentos dos jovens mostram o quanto essa situação contribui para o afastamento deles da escola. Outro grande problema enfrentado é quanto à gravidez na adolescência, dados mostram que um terço das jovens na faixa etária de 15 17 anos se encontra fora da escola e que já são mães. Outro problema encontrado esta na quantidade de jovens que acumulam trabalho e escola imagina-se em torno de 40,9% dos jovens entre 15 e 17 anos. No momento de optar entre escola e trabalho normalmente o jovem faz a opção pelo trabalho, os motivos são diversos, ajudar a família, sobrevivência, pois alguns acabam saindo de casa de forma prematura e às vezes com a chegada de um filho. O importante refletir é que jovens em processo de formação nem sempre encontram-se preparado para o futuro da forma que deveria contribuindo assim para uma deficiência na mão-de-obra no futuro. O debate sobre a importância da educação é muito mais complexa do que imaginamos, ela passa por diversos fatores que vão desde a garantia de recursos e sua aplicação de forma correta até a formação dos trabalhadores das unidades escolares ai incluídos professores, porteiros, auxiliares de limpeza, merendeiras, inspetores de alunos, funcionários de secretarias das unidades escolares e dos que participam de projetos nas escolas. Pois se todos que participam da escola não estiverem comprometidos e não forem consideradas peças importantes de engrenagem qualquer investimento será desperdiçado.




A situação social que vivemos no momento, e o debate sobre a ética sejam em nosso dia a dia seja na política é uma demonstração desse modelo educacional que ano após ano vem sendo impostas as nossas crianças e jovens. Depoimentos dos jovens mostram o quanto essa situação contribui para o afastamento deles da escola.
Segundo informações do Ministério da Educação, um terço das jovens Na faixa etária de 15 a 17 anos que esta fora da escola já é mãe. A gravidez na adolescência afasta jovens das salas de aula – nem a metade dos jovens nessa faixa etária esta matriculado no ensino médio, etapa escolar indicada para essa faixa, e 18% estão fora da escola. O quadro fica mais pessimista para os jovens, quando os livros e cadernos dão lugar as fraldas e mamadeiras, isso porque, boa parte das mães adolescentes acaba desistindo da escola.
No Brasil aproximadamente existe 40,9% dos jovens entre 15 e 17 anos que acumulam trabalho e escola.

Um novo modelo de sociedade

Um novo modelo de sociedade é preciso.
O Brasil possui 5.564 municípios espalhados por cinco regiões, a maioria dessas cidades não possui vida própria, só sobrevivem graças ao apoio financeiro vindo de órgãos federais e estaduais. Esse é o primeiro obstáculo que precisamos ultrapassar no enfrentamento as desigualdades econômicas e sociais existente no Brasil. Significa que ações que deveriam ocorrer para o desenvolvimento de nossa juventude ficam prejudicadas pela falta de estrutura, e a resposta é que nas cinco regiões brasileiras, as crianças estão entre as principais vitimas de violência, sendo que a sexual é a que mais cresce. Aliás, a violência faz parte da rotina da maioria das cidades, seja ela pequena média ou grande, a violência hoje esta presente na área urbana ou na área rural existem diversos tipos de violência inclusive a doméstica e familiar. O importante é salientar que a banalização da vida faz com ela perca o seu valor a cada instante, infelizmente a família também se transformou em uma ferramenta a serviço da violência, e como conseqüência a perda de valores que tem transformado a sociedade em um paciente cada vez mais próximo da UTI. A educação tem sido apontada como a solução de todos os males, no entanto, a falta de planejamento para o futuro em conjunto com a eterna discussão de investimentos e modelos baseados em exemplos de outros países sem levar em consideração a nossa história e cultura, transforma o debate sobre educação numa colcha de retalhos e sem definição concreta.
A origem da palavra sociedade vem do latim Societas, “uma associação amistosa com outros,” societas é derivado do Socius, que significa “companheiro.” Na sociologia é definida como um conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, que se interagem entre si constituindo uma comunidade. Portanto, uma sociedade deveria começar com indivíduos que se conhecem e que tenham confiança uns aos outros, nesse sentido a família seria de vital importância, já que, ela é considerada a célula-mãe da sociedade, que ela deveria ser um antídoto contra todos os vícios. Mas o individualismo existente nos dias de hoje vem se transformando numa grande barreira e que necessita ser destruída urgente. Muitos não acreditam mais na sociedade atual e por isso defendem uma nova reorganização desta sociedade, mas sem haver uma mudança de atitude, de um reconhecimento de que precisamos sofrer modificações, nenhum resultado será alcançado. Não será apenas com mudanças das estruturas do estado que iremos modificar uma sociedade, não adianta modificar as leis, por exemplo, precisamos estar preparados para assumir as mudanças, precisamos reconhecer que somos influenciáveis, que o homem moderno tem buscado o prazer a qualquer preço, o que explica, por exemplo, o surgimento de seitas que na verdade oferece um produto desejado por muitos, mesmo que ele seja falso. Novos valores e novas leis têm sido debatidos, só para que possamos nos adequar as transformações que a modernidade nos trouxe.
A história, no entanto, está repleta de heróis e heroínas que deram a vida apenas por defenderem ou que tentavam transmitir paz e amor ou ainda porque defendiam o direito de liberdade para os mais fragilizados socialmente ou economicamente. Muitos por defenderam sua fé ou seu ideal, mas todos tinham um mesmo objetivo, estavam prontos para defenderem o que acreditavam. Uma nova sociedade só será possível a partir de indivíduos que se conheçam e que tenham confiança uns nos outros. Nesse sentido a família é de vital importância. Ela é o primeiro grupo do qual participamos.
O Brasil é movido pela ação do cidadão comum que realiza trabalhos extraordinários na busca de uma sociedade onde a maioria possa ter oportunidades.

Para onde estamos indo? parte I

Para onde estou indo? Quantas vezes fizemos de forma individual essa pergunta a cada um de nós. E que resposta quero encontrar, qual seria o meu objetivo ao formular essa pergunta pra mim mesmo?
O debate em torno da violência que temos nos dias de hoje se tornou em alguns momentos uma verdadeira ação de caças as bruxas, onde o importante é descobrir apenas quem são os responsáveis por um determinado ato violento, sendo que o principal objetivo que deveria ser o porquê de tanta violência acaba ficando em segundo plano. O debate sobre violência ou sobre uma política de segurança publica não pode nem deve ser refém de uma disputa ideológica ou religiosa, não pode ser ainda uma guerra de números, onde o que se valoriza é a quantidade de crimes cometidos, caso ocorra uma diminuição então a política de segurança está correta.
O debate sobre DIREITOS HUMANOS é urgente e necessária pela sociedade principalmente para que possamos ter clareza do que é na realidade os direitos humanos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos desde o seu preâmbulo fala da dignidade inerente a todos os membros da família humana, no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do homem e da mulher e que será através do ensino e da educação que a Declaração Universal dos Direitos Humanos será adotada e seu reconhecimento garantido. A Declaração dos Direitos Humanos destaca tanto direitos como deveres que devem ser cumpridos por todos nós, para que possamos ter uma sociedade mais justa e igualitária. Em todo o mundo assistimos a degradação da família, da sociedade e do homem. No Brasil o que deve nos preocupar não é simplesmente o acompanhamento dos meios de comunicação sobre a violência, mais os crimes que ocorrem a todo instante e que não estão presente no sensacionalismo da imprensa. A violência doméstica a exploração sexual de crianças e adolescentes, o abandono pela família ocorre a todo o momento, está ocorrendo nesse instante, no entanto milhões de casos estão sendo deixados de aparecer nos meios de comunicação e muitos nem nas estatísticas.

“O homem é violento quando lhe falta argumento” Ditado oriental.
Esse é o grande problema que ocorre nos dias de hoje, nos falta argumento no relacionamento com os jovens, ausência de dialogo assim o que tem sobrado é o abandono que tem o seu inicio na falta de um convívio familiar.

“As crianças aprendem o que vive. Se a criança vive com criticas ela aprende a condenar, se acriança vive com hostilidade ela aprende a agredir, se a criança vive com zombarias ela aprende a ser tímida, se a criança vive com humilhação ela aprende a se sentir culpada. Se a criança vive com tolerância ela aprende a ser paciente, se a criança aprende a ser paciente, se a criança vive com incentivo ela aprende a ser confiante, se a criança vive com elogios ela aprende a apreciar, se a criança vive com retidão ela aprende a ser justa, se a criança vive com segurança ela aprende a ter fé, se a criança vive com aprovação ela aprende a gostar de si mesma, se a criança vive com aceitação e amizade ela aprende a encontrar amor no mundo.” (autor desconhecido)

Reflexão

“Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor nos coração e sorriso nos lábios.” Martin Luther King.

A vida é movida por ações, experiências e até conflitos. Nos três pontos existem os prós e contras, os bons e maus, momentos de alegrias mais também de tristezas. Em nossas vidas passamos diversas etapas, o nascimento, a infância, a juventude e a fase adulta. Passamos pela escola, pelo trabalho e pelo casamento, existem os momentos em que a separação às vezes é inevitável e assim cada um caminha por estradas separadas, existe também a união estável. Surgem os filhos, experiência divina e bela e nem sempre amada da forma que deveria. Assim tem sido a história brasileira, como nossa vida é cheia de ações e conflitos e algumas experiências que deixaram cicatrizes difíceis de esquecer. Nossa sociedade possui uma diversidade imensa fruto da nossa formação sendo o cidadão comum a parte mais frágil.
Gandhi na sua busca pela paz e com sabedoria nos deixou a seguinte mensagem: “Se queremos alcançar a verdadeira paz neste mundo e se queremos desfechar uma guerra contra a guerra, teremos de começar pelas crianças; se crescerem com a sua inocência natural, não teremos de lutar; não teremos de tomar resoluções ociosas e infrutíferas, mas seguiremos do amor para o amor, da paz para a paz, até que finalmente todos os cantos do mundo estarão dominados pela paz e amor, pelo que o mundo inteiro está ansiando, consciente ou inconscientemente”. Assim de forma simples ele nos mostra que a criança é a porta, o caminho para um futuro sem guerra. Essa deveria ser a nossa motivação e assim encontrar essa porta com a certeza de que a saída, a solução esta ali na nossa frente. Que futuro pode ter uma sociedade que maltrata violenta e assassina suas crianças e seus adolescentes. Portanto é importante que possamos entender os reais motivos que levam nossos jovens a se envolverem com as drogas, por que os jovens entram na vida sexual cada vez mais cedo, qual o motivo do aumento das meninas numa relação homossexual, a gravidez precoce, essas e outras situações envolvendo jovens são questões que a sociedade precisa debater com seriedade e responsabilidade, caso contrário soluções equivocadas serão sempre as escolhidas como, por exemplo, o debate sobre a redução da maioridade penal onde os jovens são sempre considerados os responsáveis pelo crescimento da criminalidade. A verdade é que há muito tempo os assuntos que envolvem nossa juventude vem sendo colocada em segundo plano, tanto é verdade que nas eleições de 2010 não assistimos nenhum candidato a qualquer cargo, sendo a deputado ou ao senado e principalmente os candidatos a governador ou presidente tocarem no tema. A chamada prioridade absoluta nunca foi levada a sério as políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes não passam de programas isolados sem parceria com todos os setores da sociedade. Sendo assim, encontramos a resposta sobre a dificuldade encontrada pelo poder público de atingir as metas às vezes colocadas. A falta de integração de políticas que colocassem lado a lado educação, cultura e esporte não permitem que a população infanto-juvenil possa ter uma formação saudável.
Sabemos que a rebeldia, os momentos de contestação, de dúvidas são fases da vida e cada jovem assim como o espírito aventureiro. No entanto as mudanças ocorridas nas ultimas décadas tem levado nossos jovens a procurar com uma intensidade maior do que o normal um envolvimento com um modelo de vida que nos leva a considerar nossos jovens como um caso perdido, as famílias se encontram em uma crise que parece não ter fim o que tem levado a existência de uma distancia na relação de pais e filhos que permite a entrada de um agente externo com um oportunismo que tirando proveito da fragilidade existente, vem criando um modelo de vida não só aos jovens, mais principalmente nas famílias cada vez mais fragilizadas. Alguém poderia dizer que os jovens sempre estiveram envolvidos em questões que fogem ao período em que vivem que eles estão sempre se modernizando até nas travessuras, o que é verdade, no entanto, o que assistimos no momento não é apenas uma necessidade de auto-afirmação ou de mostrar que eles são capazes de testar nossos limites. O que está em jogo na atualidade não é apenas uma atualização para os dias de hoje de atos de rebeldia ou tipos de aventuras, ou ainda apenas modelos de criação dos filhos considerados ultrapassados por alguns. A questão que devemos refletir é mais complexa, ela envolve valores que não podemos confundir com conservadorismo ou de atraso nem permitir que valores morais e éticos se transformem apenas em uma tradição extinta.

Registros de Imagens.

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