terça-feira, 13 de novembro de 2012

Saindo do silêncio. a voz do coração

Alguns me consideram ingênuo outros que sou um romântico e que pertenço a uma esquerda do passado na qual restou apenas à utopia, o sonho de mudanças. Eu acredito que sou alguém que ainda acredita que é possível ser honesto, em acreditar que o homem pode realizar o bem e a esperança não morre jamais. No Brasil o desenvolvimento e suas ações públicas não são desenvolvidos de forma natural e para toda sociedade mais sim em favor de uma parte. Muito se fala na educação como solução para nossos problemas, no entanto quando o debate é realizado é possível observar que o modelo proposto não se trata para o seguimento da sociedade que realmente necessita outra questão esta nas definições das ações para onde devem ser deslocadas e nesta divisão a visão econômica sempre acaba pesando e a formação técnica passa como solução e ainda como um grande modelo de educação. Nas eleições realizadas em outubro percebemos o quanto a faltas de debate foram marcantes e em nenhum momento os “formadores de opinião” reclamaram e ainda faziam questão de inflamar certas campanhas ou candidatos e assim propostas para educação, saúde, investimentos em saneamento básico e de cultura ficaram para em segundo plano ou nem foram debatidos na maioria das cidades. Temas como segurança estiveram no foco não por ser apenas uma necessidade mais para responder a setores da sociedade que se sentem ameaçados o mesmo podemos dizer com referencia a situação das drogas nas cidades, a visão equivocada continua criando discussões que fogem da realidade das causas de seu aumento principalmente no que se refere ao crack, o seu surgimento e o crescimento se deram devido a omissão da sociedade e dos governos que ficaram de braços cruzados enquanto a população de rua e os envolvidos em prostituição se drogavam, na década de 90 era possível assistir na Praça da Sé em São Paulo o surgimento de grupos se drogando, depois em outras regiões da grande São Paulo a seguir o mesmo acontecia em outras regiões do Brasil e sempre com a mesmo população envolvida sobre os olhares de quem passava como que se falasse “esses vagabundos preguiçosos só querem saber de se drogar” o que não poderiam imaginar é que esse tipo de droga iria contaminar seus filhos e amigos de classes mais favorecidas e não apenas a escoria da sociedade. Alguns grupos de direitos humanos não tiveram a preocupação de perceber o quadro que se desenhava e continuaram com suas ações também equivocadas e paternalistas sem irem a fundo ao resgate dessas pessoas, talvez por não imaginar o que se desenhava ou porque desconheciam om poder deste tipo de droga, que hoje percebemos ser muito maligno. Como ia dizendo, o processo eleitoral não foi capaz de debater nem propor ideias, projeto ou programas com objetivo de solucionar ou começar amenizar diversas questões que tanto afligem a sociedade, é fato que evoluímos desde a Constituição de 1988 quanto uma nação que tem consciência de seus direitos e deveres mesmo que em certos momentos sejamos incoerentes com todo esse avanço e a função e o papel de cada um na realização das ações passe a sensação de que somos um país sem qualquer perspectiva. O que compete ao cidadão, ao legislativo e judiciário e o que esperamos do executivo? O que é ser livre, o que necessito para ser livre? Qual o conceito de cidadania e o que significa ser um cidadão para mim? Acredito que essas e outras perguntas seriam um bom exercício na tentativa de encontrarmos respostas que nos fizesse ter uma visão mais clara do que é ser cidadão ou a tal chamada cidadania. Uns exemplos da visão deformada que a sociedade possui de suas lutas podem observar na campanha com objetivo de se reduzir para 16 anos a responsabilidade por suas atitudes dos adolescentes a chamada “Redução da Maioridade Penal”, os argumentos são ao mais diversos como: se já podem votar ou dirigir também poder se responsabilizar pelas suas atitudes, ou ainda que nos dias de hoje não existam mais inocentes pois muita coisa lhes é apresentado nos meios de comunicação e pela internet. Existe ainda a visão na qual se são capazes de cometer crimes com requintes de crueldade podem muito bem serem penalizados, outra questão esta na utilização de crianças, adolescentes e jovens pelo tráfico e outras quadrilhas em ações criminosas. Acredito que outros pontos podem ser colocados no debate em defesa do projeto de se reduzir a idade penal, no entanto, o que gostaria de refletir é qual o ponto no qual a responsabilidade da família na criação de crianças, adolescente e dos jovens estará presente no debate. Outra pergunta seria se todos os críticos conhecem realmente o Estatuto da Criança e do Adolescente, como ele surgiu e com que finalidade. A todos que pergunto a respostas é evasiva do tipo que já ouviu falar ou que conhece alguns pontos, mais ler seus artigos e sua historia poucos são os que poderiam testemunhar e ainda existe os que defendem o Estatuto com a visão focada em interesse próprio devido ao trabalho ou ser de alguma instituição de defesa dos direitos humanos. O fato é em todos os lados existem os que tratam o debate de forma consciente e os que são levados pela pauta dos meios de comunicação ou dos querem soluções radicais no enfrentamento a situação de violência que vivemos. O que podemos observar que se trata de uma reflexão simples de ser realizada e que por trás deste debate se esconde preconceito, politicas equivocadas como a questão social e ainda a velha falta de comprometimento dos verdadeiros responsáveis por cada ação. Vivemos em um mundo em que a vivencia familiar e cada vez menor, o esquecimento com nossa historia e a dificuldade de aprendizado tem sido um fato que não pode ser desconsiderado da mesma forma que o papel da mulher na construção de uma sociedade mais justa é fundamental, a modernidade não pode ser inimiga e colocar a virtude e os valores em segundo plano ou lhe dar uma dimensão inferior e com menos importância na formação do homem. O fracasso na formulação de politicas públicas para a população infanto-juvenil brasileira e no mundo é um fato consumado mesmo com os avanços das últimas décadas, no entanto, os maus-tratos, o abandono, a exploração e todos os tipos de violências praticadas contra eles podem ser encontrados nos noticiários a todo instante. Importante dizer que esse tipo de violência não é nenhuma novidade nem tão pouco um fenômeno do nosso século ou do século XX o mesmo podemos dizer da participação de jovens no crime ou nas guerras, em toda parte do mundo crianças e adolescentes são utilizados para que adultos possam ficar livres para realizar outras ações, a retirada de crianças dos braços de suas famílias em todas as regiões do mundo para se transformarem em homens bombas ou guerrilheiros ou ainda para servirem o crime tem sido uma pratica comum, penalizar apenas os que na verdade acabam sendo vitimas não ira resolver a situação de violência que existe como também devemos ter a certeza de que muitos acabam entrando neste mundo por opção própria e não apenas pela dificuldade financeira ou influencia de outros. O fato é que o debate deve ser realizado de forma que as vitimas não se transforme em algozes e que as responsabilidades sejam dadas a quem de direito.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SAINDO DO SILÊNCIO

Como decifrar a vida? Como definir seus mistérios? Quando o homem terá a consciência de que Ele é apenas a criatura e não o criador? Talvez nunca iremos conseguir encontrar respostas que nos mostre o caminho no qual devemos seguir, não falo de um ser individualmente me refiro ao homem como ser que pensa e por isso tem o livre arbítrio de refletir sobre cada ato desenvolvido por ele. Individualmente buscamos esse caminho, alguns pela religião, outros pela luta em forma de guerras e revoluções em nome de um ideal de justiça ou ainda para defender uma parte da sociedade. Outros tentam buscar no amor esse caminho. Como podemos ver tudo que possamos imaginar sobre a vida jamais chegaremos perto do um fundamento que seja o principal e se cada de um nós procurarmos definições iremos listar milhões de opções. A verdade é que o individuo é fruto e consequência do meio em que vive e a partir dai vai se desenvolvendo seja por intermédio dos estudos, do trabalho e principalmente do que aprende no seio da família. Portanto, como estabelecer regras de comportamento se a influencia do que nos cerca interfere de forma significativa e muitos são levados a possuir um comportamento diferente do que lhe foi ensinado por seus pais e que em muitos casos jamais seria capaz de realizar atitudes que lhe pudesse por em risco por exemplo. O debate sobre a importância da educação e sua valorização como principal ação de afirmação de um cidadão principalmente dos jovens mais pobres será sempre travada no viés do fortalecimento da economia e nunca em uma proposta de desenvolvimento que o leve a ter capacidade de definir seu caminho sem que a ética e valores sociais ou morais sejam desrespeitadas. O simples argumento de que o poder público se responsabilize pela estrutura educacional e da saúde não deve servir como desculpa para atitudes de violência que assistimos todos os dias. Da mesma forma que utilizar a corrupção como forma do desinteresse da sociedade, na verdade todos são movidos por interesses bons ou maus. Sei que muitos não acreditam em que podemos ser influenciados seja para o bem ou para o mal e que muitos não se dobraram para as dificuldades e por isso só que não conseguem refletir ou os chamados “cabeças fracas” é que acabam sendo envolvidos “pelo que não presta”, é assim que as situações vividas por uma parte da sociedade é avaliada”. Da mesma forma que nem todos conseguirão entender o que são Direitos Humanos e por isso mesmo diversa questões ficam fora do debate ou nem mesmo acabam sendo avaliadas como perda de direitos. A verdade é que podemos observar como diversos setores da sociedade estão saindo do silêncio e fazendo com sua voz sejam ouvidas, tem sido assim com as mulheres, como os idosos, com os portadores de necessidades especiais e com os direitos de milhões de crianças e adolescentes no Brasil e no mundo. As denuncias da mesma forma como centenas de pessoas têm sido punidas por crimes cometidos contra esses seguimentos são frutos de uma movimentação por parte da sociedade mesmo que não exista um consenso na defesa desses direitos como podemos observar na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. A verdade é que na cabeça de milhões de pessoas todos podem ser responsáveis por suas ações não importando as dificuldades encontradas. Por isso o titulo Saindo do Silêncio para os próximos artigos que estarei publicando neste blog, o primeiro será sobre a campanha que vem ganhando espaço nas redes sociais sobre a redução da maior idade penal, a pergunta que pretendo por em debate no artigo será A QUEM INTERSSA A REDUÇÃO DA IDADE PENAL?

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O que as eleições representam para mim, e como a cultura poderia contribuir no desenvolvimento da população?

A modernidade tem feito com que nossos corações fiquem duros como pedras, às demonstrações de carinho entre pais e filhos e até entre os irmãos são coisas do passado o medo em diversos momentos estão estampados nos rostos das pessoas, sem contar que nos dias de hoje beijar pai e mãe ou demonstrar o amor que se sente pelo outro tem sido cada vez mais difícil. O mesmo tem ocorrido com a nossa cultura, os fatos acima são tratados como tradição ou “coisas do passado” e que não precisam ser renovados. A cultura continua sendo tratada como sendo de entretenimento e cada vez mais uma indústria, a história é pouco valorizada e assim não conseguimos construir uma identidade que possa ser respeitada e preservado ficando o mosaico no qual nossa cultura é composta ficando de lado em segundo plano. A consequência desta atitude esta na forma como o livro e a literatura vem sendo tratada, não é à toa, portanto, que no processo eleitoral que esta chegando ao seu fim não se teve a oportunidade de ouvir por parte dos candidatos nenhuma palavra sobre o que pensam e que política para a cultura estará presente em seu governo, então esperar por propostas e ações que sejam desenvolvidas para o incentivo para a leitura é quase que uma fantasia já que falamos de literatura. É verdade que temos avançado bastante e que as primeiras ações para o desenvolvimento da leitura em nosso país esta completando 20 anos em 2012 e ainda assim os índices estão aquém do precisaríamos para que fossemos um país de leitores. O Proler um programa de incentivo a leitura foi instituído por intermédio de um decreto e vinculado à Fundação Biblioteca Nacional. Os sucessos dos grandes eventos literários espalhados pelo Brasil ainda não foram suficientes para que representasse um ganho na sociedade e assim uma prioridade na formação do povo brasileiro. Algumas ações são desenvolvidas por grupos organizados ou por um simples cidadão levando o livro aos lugares que o poder público não tem atingido trazendo uma esperança para que no futuro o livro e a leitura se torne uma prioridade nas políticas públicas e também no pensamento do cidadão que o futuro de cada um de nós esta na capacidade de entendermos que a leitura é fator importante em nossa formação. O surgimento desses grupos ou de pessoas que trabalham o acesso de crianças e adolescentes e até adultos ao livro se deve não apenas a falta de bibliotecas públicas, mais se deve a vontade de levar o livro às mãos da população. Outra diferença pode ser encontrada na metodologia a pedagogia e o carinho como os leitores são tradados nas bibliotecas comunitárias ou de pessoas que trabalham a importância do livro e da leitura no desenvolvimento da sociedade. Em forma e teatro, de fantoches, dos mediadores de leitura e da simples distribuição em feiras, nas praças e até nos comércios de cada vilarejo, assentamentos ou de pequenas cidades o livro é levado aos leitores não apenas como uma mercadoria mais sim como um espaço de conhecimento e de transmissão de amor, carinho, fantasia e sonhos que precisam ser resgatados. O fato é que após o surgimento de diversas experiências tem ocorrido o aumento do acesso aos livros e como consequência um maior interesse pela leitura, mesmo assim ainda estamos longe de podermos ser considerados um país de leitores. Os pequenos recursos na cultura e principalmente na política voltada para o livro e a leitura apenas comprovam a dificuldade que o poder público encontra no momento de fortalecer sua história e cultura, esquecem que a memória de uma cidade, estado, região ou país contribuíra na construção da identidade de um cidadão e sendo assim na de um povo. Então a pergunta: O que as eleições representam para mim? A nossa Constituição diz que todo poder emana do povo por meio de representantes eleitos ou diretamente nos termos da constituição, diz também que todos são iguais perante a lei. No entanto, essa não tem sido a percepção da maioria da população principalmente aquela que fica na parte de baixo da pirâmide social e que para elas, portanto, o simples ato de votar não tem representado muita coisa, mesmo assim a cada resultado ao fim das eleições escutamos a mesma história: o povo não sabe votar, enquanto não tivermos educação será sempre assim, os pobres e sem educação são os principais culpados porque só votam devido aos programas sociais que não passam de assistencialismo e por ai vai. Acredito haver um pouco de verdade em cada ponto desse, mais também em um ponto que não tem feito parte do debate ou digamos das colocações de especialistas e da classe média e alta de nossa sociedade, que é a de como cobrar de alguém que não se sente igual seja perante a lei ou na questão social ao de outras classes, que seus representantes não o representam como deveria ou pelo como prometem a cada eleição, que para esse cidadão a saúde tem sido sempre a pior qualidade e a educação idem, instrumentos de lazer nem pensar e o acesso a questões básicas que o lhe desse esperança fosse até brincadeira em falar. Realmente pedir coerência e difícil. Mais o que tem sido as eleições se não um jogo de interesse de todas as partes envolvidas, os professores votam naqueles de sua classe na esperança de que possa defender seus interesses e o mesmo faz os engenheiros, os petroleiros, os ferroviários, os empresários, os agricultores e os ruralistas, sim porque existe uma divisão neste setor, como também existe no seio das classes média e alta, pois as duas possuem os emergentes, que ironia não é mesmo, é a luta dos que possuíram berço com aqueles que cresceram devidos a economia. Então qual desses teria seu interesse mais nobre do que o outro, e porque o mais humilde não ode votar conforme seu interesse é chegamos ao preconceito. E aqui chegamos à outra pergunta: O que a Cultura poderia contribuir no desenvolvimento da população? A resposta, simples, no resgate da autoestima de cada um de nós assim que pudéssemos conhecer nossa história pessoal, de nossas famílias, de nosso lugar e de nossa região, de como nosso povo se constituir e que o que assistimos nos dias hoje foi conquistado de que forma. Como preservamos cada história e cada pedaço de nossa cidade, bairro, país ou até mesmo de momentos de nossas vidas, porque só consideramos cultura nos momentos que vamos aos shows promovidos por grandes patrocinadores que conseguem abater nos impostos a sua contribuição, porque não conseguimos preservar brincadeiras que no passado nos divertiam e não nos motivavam a violência, que a cultura não era aquela que falava e nem idolatrava as drogas, a violência ou a prostituição e a mulher não era tratada como mercadoria ou objeto sexual apenas. A CULTURA é fundamental no desenvolvimento de todos e não apenas um fruto de uma indústria que visa ter lucros sem nenhum conteúdo. Talvez quando pudermos diferenciar alguns pontos que nos marcaram e percebermos que ali estava presente nossa história, nossa vida e assim a nossa cultura quem sabe ali estaremos construindo um divisor que nos leve em primeiro lugar respeitar o que faremos com nossas decisões por mais simples que elas sejam. Para que possamos refletir sobre aqueles que defendem que o voto não deveria ser obrigatório pensa nos motivos de cada um, o que vejo é que a classe média e alta poderia curtir esse dia na praia ou em suas propriedades sem um pingo de se sentir culpado, aqueles que não são beneficiados seria uma forma de virar as costas para as falsas promessas e também ficar em casa no seu futebol ou na esquina tomando sua cachaçinha, pois ninguém é de ferro, o que não tenho percebido na verdade é uma proposta que possa contribuir na qualidade de nossos representantes e o que temos com isso. Criação de leis como a da Ficha Limpa não é nem será suficiente, pois dependemos de interpretações que a justiça venha ter, sem contar que no Brasil a simples criação de uma lei não é motivo para que as coisas mudem basta ver a quantidade de leis existentes e ainda temos muito que fazer e mudar.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A falta de debates nas eleições 2012 e suas consequências.

A cada eleição as campanhas ficam mais caras e mesmo com os orçamentos exorbitantes não conseguimos ver por parte da população o interesse que deveria estar ocorrendo, apesar de pesquisas de opinião publica poderem constatar essa indiferença às causas não são pesquisadas pelos institutos de pesquisas. Então devemos tentar perceber o que vem ocorrendo, e talvez a resposta seja obvia e clara como a água deste que não seja a que se encontra poluída devido a ausência de uma política de saneamento básico. No Brasil nos últimos 30 anos morreram mais de 600 mil crianças e adolescentes, sendo 176 mil vítimas de homicídios, a cada 100 mil dessas crianças e adolescentes, 13 são vítimas de homicídios, por outro lado a Policia Federal investiga 120 casos abertos em 2010 e 2011 sobre tráfico de pessoas que atinge principalmente crianças e adolescentes provenientes de aliciamentos para os que sonham em se transformarem em jogadores de futebol ou modelos, existe ainda a suspeita de serem para prostituição, venda de órgãos, adoção ilegal e trabalho escravo. Existe ainda o flagelo promovido pelo CRACK que se alastra cada vez mais e hoje já atinge quase 100% dos municípios brasileiros (talvez se encontre na totalidade de nossas cidades). Na educação, mais de 1 milhão de crianças e adolescentes se encontram fora da escola agravando mais ainda nosso futuro se levarmos em conta o descaso com estamos tratando nossa infância e nossa juventude e mesmo assim não observamos por parte dos candidatos nenhuma proposta para essas questões urgentes por se tratar da esperança de nosso povo e assim do Brasil quanto uma nação com algum tipo de perspectiva de proporcionar dignidade a todos. A campanha na televisão se aproxima e nos resta torcer para que a partir dela as ideias dos candidatos apareçam e que as agressões e as criticas pessoais fiquem de lado. Caso contrário continuará vendo por parte da população o desinteresse que assistimos até o momento e com o risco da resposta por parte do eleitor possa vir de uma forma radical com a possibilidade da escolha do eleitor seja o de uma aventura que no futuro o arrependimento seja tarde.

terça-feira, 3 de julho de 2012

A familia

Não existe uma receita pronta para definir o modo de viver em família. O que existe são valores que defende o dialogo, o respeito, a igualdade e a fraternidade que são fundamentais para a vivência familiar. A relação entre pais filhos e irmãos tem sido realizada em meio à miséria, violência e a ausência de valores e de referencia seja moral ou ainda de autoridade. A crise vivida pelas famílias vem sendo debatida em diversos lugares. A negligência da sociedade com a família é preocupante e faz-se necessário uma reflexão séria e urgente por parte de todos nós e de forma urgente, assim poderemos combater a violência existente no seio da família e a degradação que nela existe já algum tempo e que tem tornado essa família em um paciente em estado grave e com isso possa ser curada. O Papa João Paulo II em sua Enciclica Evangeliun Vitas n 94 colocava que “Se é verdade que o futuro da humanidade passa pela família, tem-se de reconhecer que as atuais condições sociais, econômicas e culturais freqüentemente tornam mais árduas e penosas a tarefa da família ao serviço da vida. Para poder realizar a sua vocação é necessário e urgente que a família como tal seja ajudada e apoiada”. O mundo atual esta cada vez ais movido pelo consumismo, parecendo não haver outro caminho a ser seguido. Esse caminho nos leva ao individualismo com todos os seus problemas. A intransigência, a hipocrisia e a corrupção são marcas desse novo modelo que tem fincado raízes na sociedade atual fazendo da família a sua maior vitima. Mas o que fazer para recuperar esta instituição tão importante mais ao mesmo tempo tão frágil, essa é a grande duvida e um desafio que não podemos evitar esforços. Outro ponto preocupante, mesmo naquelas onde não ocorreu a separação dos pais. A presença do alcoolismo têm sido forte e motivadora de separação dos casais assim como o desemprego e das drogas (em menor número), na questão do desemprego a falta de qualificação profissional e determinante, algumas famílias residem nas casas de avós, a maioria de pais separados vivem com a mãe, mas tivemos cinco jovens que moram com o pai. As famílias que freqüentam uma igreja conseguem enfrentar as crises de uma forma onde o desfecho em muitos casos não termina com a separação. No entanto a presença da violência existe em alguns casos. Alguns jovens consideram suas famílias desorganizadas e não desestruturadas, são formas de falarem que mesmo com a ausência da figura paterna ou materna em alguns casos “existe um relacionamento familiar, de respeito entre os componentes, onde os filhos (as) não se encontram envolvidos com drogas, prostituição, crimes ou pequenos delitos, no alcoolismo (existe uma separação da droga). Outro ponto interessante está na identificação por parte dos jovens da família como uma preocupação por parte deles. Devido justamente a violência existente em alguns casos, seja com referencia à suas famílias ou a de amigos. O que confirma que a violência doméstica independente da classe social ou de cor ou se têm uma vida religiosa, ela existe e se encontra cada vez mais presente no dia a dia da sociedade. Os crimes noticiados pela imprensa apenas comprovam a realidade que é muito mais séria do que podemos imaginar, pois muitos casos não têm a repercussão como o caso de Isabella Nardoni. Diferente do que imaginamos os jovens se preocupam com as famílias e a distancia que existe nos dias de hoje não é esquecida por eles, tanto é verdade que muitos se preocupam da ausência que existe da família se reunir durante o almoço ou no jantar ou em qualquer momento em que deveria estar juntos, essa situação foi colocado por muitos deles. Nas entrevistas não só com os jovens mais com diversas famílias mostraram duas questões importante: a primeira esta relacionada a de que os jovens sejam irresponsáveis e que não se preocupam com suas famílias, que algumas “tradições” são coisas do passado, que só pensam em trabalhar e que pouco se preocupam com os estudos. A segunda esta na ausência de um relacionamento entre filhos e pais baseados no afeto e limites. O que podemos observar é que essas questões não passam de mitos e o que existe e iremos encontrar um grande vazio na identificação de motivos dos grandes problemas que nos leva a um quadro difícil e a escolha da ferramenta correta acaba não sendo encontrada. O grande líder Martin Luther King dizia de forma clara nos mostra com palavras simples e direta que “Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios” estaria uma solução para diversos problemas que tem paralisado a sociedade e a deixando tonta devido à ausência de respostas corretas, portanto, não basta projetos se por acaso o homem não tenha sensibilidade que ela faça parte de sua vida, será com amor e sorriso, será com igualdade, fraternidade e liberdade que iremos tirar a família da degradação e a banalização da vida poderá ser deixada de lado, os problemas que nos tem afligido há anos tendera a serem resolvidos. O debate sobre DIREITOS HUMANOS é urgente e necessária pela sociedade principalmente para que possamos ter clareza do que são na realidade os direitos humanos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos desde o seu preâmbulo fala da dignidade inerente a todos os membros da família humana, no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do homem e da mulher e que será através do ensino e da educação que a Declaração Universal dos Direitos Humanos será adotada e seu reconhecimento garantido. A Declaração dos Direitos Humanos destaca tanto direitos como deveres que devem ser cumpridos por todos nós, para que possamos ter uma sociedade mais justa e igualitária. Os seus artigos são considerados um ideal a ser atingido por todos os povos. Eles afirmam que todo o ser humano sem exceção tem direito a vida, a moradia, alimentação, estudo, saúde, oportunidades e liberdade de opinião política, crença e costumes. Em todo o mundo assistimos a degradação da família, da sociedade e do homem. No Brasil o que deve nos preocupar não é simplesmente o acompanhamento dos meios de comunicação sobre a violência, mais os crimes que ocorrem a todo instante e que não estão presente no sensacionalismo da imprensa. A violência doméstica a exploração sexual de crianças e adolescentes, o abandono pela família ocorre a todo o momento, está ocorrendo nesse instante, no entanto milhões de casos estão sendo deixados de aparecer nos meios de comunicação e muitos nem nas estatísticas. “O homem é violento quando lhe falta argumento” Ditado oriental.

Comportamento dos jovens

Algumas dificuldades encontradas pelos jovens têm haver com a ausência dos pais de no momento correto realizar a formação correta ao esclarecer os filhos o que devem ou não fazer e qual o momento. O planeta, os animais, os rios e mares, a vegetação e os seres humanos são moldados a cada tempo, as modificações ocorrem para o bem ou para o mal, o que importa são as modificações provocadas principalmente pelo homem e que irão influenciar o modo de viver de cada ser no planeta. Com os jovens ocorrem o mesmo, eles serão reflexo do jeito em que forem educados, preparados para enfrentar cada fase de suas vidas sendo influenciados por exemplos de seus ídolos, familiares, amigos e até desconhecidos, mas, será pelos pais e responsáveis que a criança sofrerá transformações que o tornara um jovem ou adulto consciente ou não, responsável ou não. O comportamento dos jovens na atualidade não surgiu do nada, os estilos e a cultura do momento foram conseqüência dos acontecimentos ocorridos na humanidade, as influencias no esporte, na musica, na dança, nos relacionamentos e na vida sexual são frutos dessas modificações de comportamentos das varias gerações inclusive a de seus pais. A capacidade de radicalizar e escandalizar são próprios da fase juvenil, de contestar ordens, valores e modas também, cabendo aos pais a implantação dos limites que em muitos casos serão desafiados por eles alias o que é normal e devemos entender esse fato, o que não podemos aceitar é a desobediência pura e simples apenas com o objetivo do afrontamento e deixando de respeitar não só a figura dos pais mais acima de tudo os valores que devem ser ensinados por eles. No entanto o exemplo deve estar pronto para ser seguido por esse jovem para que a referência seja a da dignidade, da solidariedade, da fraternidade e dos valores. O que infelizmente não assistimos nos dias atuais nem tão pouco no passado por uma grande parte dos pais. É por isso que muitos afirmam não existir uma receita par que se possa criar um filho no caminho do bem, ou que alguns chamariam de “caminho ideal”, mas, qual o ideal, o dos pais, o dos sonhos não realizados e que jogamos as fichas nos filhos. Ou o caminho idealizado por pais ausentes que utilizam a força do poder financeiro e da influencia para conseguir desatar os nós nem sempre complicados, mas, que pra que trabalho de tentar andar pelas próprias pernas se posso conseguir um apoio e mostrar aos filhos ou filhas do que posso realizar. E assim cria-se o vicio da corrupção, da delinqüência, do rebelde que às vezes possui o desejo de chamar a atenção para o modo de vida que lhe é dada. Com certeza falar ou escrever é muito mais fácil do que participar ativamente da vida dos filhos formando corretamente com o objetivo de que a sociedade também seja melhor, alias me incluo nessa parcela de pai que encontra dificuldade na criação dos filhos mesmo com toda a experiência que venho conhecendo e adquirindo nas viagens para a construção deste livro.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

educação: as angustias de um debate.

Há algum tempo a educação vem sendo tratada como a solução para os problemas brasileiros, todos do governo aos especialistas quanto à sociedade organizada construíram nesses anos o discurso em defesa de uma educação de qualidade e para todos. A pergunta que teima em se manter atual em todos os tempos é uma só; se todos entendem a Educação como solução por que ela não acontece? Talvez a resposta seja por que até hoje ela não tenha sido aplicada para todos os brasileiros, ou ainda devido algumas ações tenham sido considerada como projeto educacional quando na verdade apenas formava o trabalhador para o mercado, o que não deixa de ser importante, no entanto, no momento em que o Brasil mais precisa de pessoas qualificadas para o novo tempo que se aproxima sempre em passos largos a falência do nosso sistema educacional se demonstra cruelmente para esse mercado de trabalho. O debate tem sido mesquinho com uma população jovem com vontade de no futuro não passar pelas mesmas dificuldades encontradas pelos pais, os responsáveis por outro lado tentam com dignidade passar esperança aos filhos, no meio desse dilema o tempo vai passando e o Brasil continua no seu atraso histórico sem uma perspectiva de um futuro que possa competir com outros países emergentes. Possuímos diversas leis avançadas em diversos aspectos seja em defesa da cidadania sejam elas em defesa de garantir investimentos nas mais diversas áreas. Universidades são criadas em vários estados e municípios, a educação básica vai se tornando pelo menos no papel universal, assim como o ensino médio que vem sendo ampliado de forma significativo até a o ensino para o adulto analfabeto tem sido pensado mesmo que tenhamos diversos problemas. E a pergunta persiste, porque não conseguimos deslanchar uma educação de qualidade. Os modelos são debatidos por professores e governos, mesmo sem um consenso as respostas são tentadas. Então onde estamos errando? Outra questão que me parece quase uma unanimidade é a falada crise na educação brasileira, talvez pelas ausências nas indagações acima, que não são minhas, diga-se de passagem, são pontos colocados nas mesas de debates entre governos, trabalhadores e especialistas que tentam encontrar soluções para nosso projeto de nação. Vivemos um momento especial é verdade, o crescimento alcançado nos últimos anos permitiu que uma parcela significativa da população pudesse sonhar com bens antes impossíveis de serem realizados, há não ser em sonhos. Esse crescimento, no entanto deixou claro o modelo de desenvolvimento realizado no país até então. É evidente que a educação deve ser o caminho trilhado por todos, seja pelas autoridades, sociedade organizada e o cidadão comum. A simples comparação com outros países desenvolvidos ou em pleno desenvolvimento vai nos deixar sempre com deficiência se comparados, o que não deve ser servir como parâmetros para definir nossos avanços ou atrasos, o Brasil é um país diferente seja pela origem quanto pela cultura imposta por nossos colonizadores ou que tenham emigrados com o objetivo de construírem sua liberdade ou conquistarem seu eldorado. Fomos moldados a partir desse contexto e negar esse passado será o nosso suicídio no qual temos sido levados ate os dias de hoje. É preciso escutar o trabalhador, aquele cidadão comum que acorda de madrugada e muitas das vezes chega a sua casa próxima a hora de retornar ao trabalho, o cidadão comum que muitas das vezes joga nos filhos a sua esperança que teima em lhe fugir como se o castigasse por não ter frequentado os bancos escolares. Cuidar dos filhos, educa-los nos dias de hoje não tem sido tarefa das mais fáceis o mundo consumista teima em bater na porta cada cidadão apresentando facilidades não tão simples de serem oferecidas há não ser nas propagandas elaboradas por equipes de marketing que vende de tudo até o tipo de políticos que devemos eleger como se aquela fosse a melhor saída para todos. A ética, a gentileza, o respeito a família ou aos mais velhos são coisas do passado as tratamos como tradição que não fazem parte de um novo tempo a chamada modernidade. A simplicidade na relação entre pais e filhos e entre esposa e marido mais que tinha no amor o sentimento básico na relação familiar tem sido deixada de lado. Era ali na família, o primeiro grupo organizado que nos é apresentado e que nos ensina para o que ainda temos de enfrentar a nossa primeira experiência educacional. Por sinal na cultura asiática é na família que encontramos nossos primeiros educadores, é ali que se aprende que os mais velhos não são apenas um peso que devemos carregar, pelo contrario, eles são escolas vivas que com sua experiência nos mostram caminhos muitas vezes invisíveis por nossa ansiedade tão comum na nos jovens e com vontade de vencer com certa rapidez, esquecendo de que a o olhar no que acontece a nossa volta e aprender com os animais, com os rios e o mar e as plantas e arvores podemos construir um modelo de respeito e equilíbrio que ira nos transformar em uma sociedade consciente e respeitosa. Esse pensamento tem sido construído a partir das entrevistas realizadas com professores, alunos e pais e responsáveis durante três anos e que ainda venho realizando, seus pensamentos e o que principalmente os jovens gostariam que sua escola pudesse lhes oferecer estarei colocando no próximo texto. Essa é apenas mais uma contribuição nesse debate no qual acredito ser difícil de conseguirmos um consenso e no qual procuro reproduzir o que venho ouvindo nesses anos, as dificuldades de muitos jovens continuarem seus estudos e os motivos apresentados por muitos deles de largar os estudos e o que seus pais pensam disso. Por essas e outras questões podemos perceber que ainda enfrentaremos essa angustia por muito tempo.

Liberdade de expressão.

Liberdade de expressão qual a sua fronteira? Em 2008 iniciei minhas pesquisas com o objetivo de escrever um livro sobre a situação das crianças e dos adolescentes em nosso país, desde então entrevistei autoridades políticas e agentes da sociedade civil, assim como os jovens e responsáveis, professores e médicos e cidadãos comuns. Entender ou mostrar os pensamentos dos mais diversos tem sido uma experiência fantástica e impressionante. Algumas perguntas foram necessárias fazer a mim mesmo na tentativa de entender o que estava acontecendo, devo confessar que não tem sido uma tarefa das mais fáceis. O que me levou a questionar como escrever as opiniões sem cair na tentação de condena-las ou de construir um conceito sem levar em consideração as opiniões dos entrevistados. Optei pelo mais lógico o respeito às informações coletadas. Entender as diferenças de pensamentos e suas opiniões é tão fundamental quanto à defesa das conquistas alcançadas pela sociedade. Vivemos no período do politicamente correto, o que nos leva em muitas ocasiões a nos deixar confusos no julgamento do que é certo ou errado. Nesse sentido o conhecimento se transforma no ponto crucial da construção de uma sociedade que tenha a liberdade como conceito fundamental de sua existência. Os meios de comunicação tem sido uma ferramenta poderosa na defesa da liberdade e pela democracia, mais também foi possível assisti-la caminhando ao lado de diversas ditaduras. Por isso não tem sido fácil o debate sobre a liberdade de expressão principalmente quando referida a imprensa. Com o surgimento da internet ficou mais ágil levar informação a sociedade e assim como a imprensa tradicional podemos perceber pontos negativos nesse veiculo tão poderoso na atualidade. Ao dividir espaço com meios de comunicação já conhecida por todos, os blogs e sites tem repetido erros já tão criticados. Liberdade pressupõe o respeito pelos direitos individuais e coletivos por isso a dificuldade de se conhecer a fronteira entre o preconceito, a agressividade, do ódio e da liberdade de poder dizer o que pensamos e sentimos. A liberdade deve ser sempre valorizada e respeitada, a modernidade nunca deve ser desconsiderada, mas, não devemos esquecer quem somos e muito menos nossa origem, não devemos esquecer os valores quem existem desde os tempos mais remotos, e principalmente o amor, ele é fundamental na construção de uma sociedade e se em nossos corações estiverem só as pedras o futuro não existirá jamais. É comum nos sentirmos isolados ao não se concordar com temas considerados tabus, não existe em nossa sociedade um pensamento único podemos encontrar os que defendem o aborto, o casamento de pessoas do mesmo sexo, da política de cotas, assim como os que são contra. O patrulhamento realizado em muitos casos de forma violenta tem prejudicado os debates na elaboração de políticas publicas. A ditadura do politicamente correto tem deixado uma falsa impressão do que realmente acontece em nosso país, não somos de esquerda nem de direita como é fácil constatar, sermos tolerantes em muitos casos enquanto em outros nem tanto é um grande problema, a dificuldade de tratar como normal existe uma grande dificuldade, simplificar a situação tratando quem pensa diferente de preconceituoso, de defensor da homofobia ou de fascista quando o discurso é radicalizado não nos levara a encontrar a resposta adequada. A violência praticada contra crianças e adolescentes e as mulheres é fruto de uma cultura machista ainda existente e de certos conceitos do passado que dizia que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher, e bater faz parte da educação, existe até um discurso que diz “eu apanhava e nem assim sou um revoltado com meus pais”, outro diz que ninguém deve se intrometer na criação dos filhos dos outros. São pensamentos que teimam em permanecer em nosso meio da mesma forma há os que defendem que o homem deveria ter mais de uma mulher, pois assim ele seria tolerante com os erros cometido por uma de suas mulheres, e quando perguntado se as mulheres poderiam ter o mesmo direito a resposta é rápida “não, por que os homens são diferentes as mulheres precisam ter outro comportamento, e nós somos homens hora”. Algumas mulheres que entrevistei inclusive defendiam seus maridos dizendo que “hoje em dia essas menininhas são safadas e os homens aproveitam e fazem com elas o que não podem e nem devem fazer com suas mulheres”, essas são apenas algumas das situações que encontrei mais existem outros casos como os relacionados ao trabalho infantil e as drogas, algumas opiniões são tolerantes outras nem tanto. Dizer que é uma questão de educação não é verdadeiro, pois os pensamentos foram encontrados nos mais diferentes níveis sociais e de culturas regionais. Trabalhar essas questões será sempre o maior desafio por parte de nossos governantes e da sociedade, o ódio que podemos ver presente em alguns textos que circulam na internet contra os pensamentos considerados atrasados ou preconceituosos é na verdade uma reprodução da intolerância criticada com uma diferença existe por parte dos “conscientes” a sua violência é justificada por terem sido vitimas antes. Como podemos ver a fronteira dos conceitos ainda estão em uma linha imaginaria onde cada um de nós faz a opção do que é certo ou errado.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Trabalho Infantil I parte

Abordar o trabalho infantil não é uma tarefa das mais simples, com esse texto começo a dar vida ao trabalho desenvolvido em alguns estados brasileiros nos últimos três anos. Espero assim contribuir com o debate sobre essa tragédia que se trata o tema TRABALHO INFANTIL. Os números referentes ao trabalho infantil no Brasil e no mundo são alarmantes, independente dos dados serem oficiais ou não. As dificuldades encontradas para o enfrentamento dessa tragédia que vem ocorrendo são muitas, são culturas de países ou regiões que abordam o assunto de forma diferente das leis, são funções que não é considerado trabalhado como atividades domésticas. O chamado bom senso em algumas questões das autoridades também faz parte dessa dificuldade como, por exemplo, uma criança que ajuda os pais no campo no momento das colheitas na tentativa de aumentar o salário da família. Nesse caso setores que deveriam proteger os direitos dessas crianças como os conselhos tutelares se utilizam desse chamado “bom senso” neste período para justificar sua omissão e crime perante a lei. Neste erro podemos encontrar promotores da infância e juízes acabam contribuindo nesse descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente. Podemos encontrar crianças e adolescentes nas mais diversas atividades, seja na agricultura, em vendas nas feiras e nos mercados, na produção de carvão, na construção civil, em lava-jatos, flanelinhas, em barracas de camelô e no como já abordado nos serviços domésticos. Esse último difícil de fiscalizar por se dar na maioria dos casos nas casas das próprias famílias ou de pessoas conhecidas. Outros problemas são encontrados como o envolvimento com a exploração sexual e no tráfico de drogas e em diversos outros crimes. O fato é estudos revelados em junho de 2011 pela Organização Internacional do Trabalho, revelou que mais da metade das crianças que trabalham em todo o planeta realizam atividades perigosas. A estimativa é de que exista cerca de 215 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhando. Dessas existem cerca de 115 milhões exercendo atividades perigosas na qual arriscam sua integridade física. No Brasil, pesquisa realizada pelo IBOPE a pedido da Fundação Telefônica/Vivo nas regiões norte e nordeste apontou os estados da Bahia, Ceará e Pernambuco como os primeiros do Ranking no Trabalho Infantil. Pernambuco que ficou em terceiro lugar tem81 mil crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos, trabalhando sobretudo na agricultura. Outras atividades praticadas são: vendas e produção de carvão. O trabalho doméstico, por exemplo, não é considerado na faixa de trabalho não sendo incluído na pesquisa. Infelizmente a sociedade ainda não se mobiliza nessa questão, a falta de sensibilidade pode ser justificada por varias visões envolvendo o que pensam os pais nessa situação. Algumas se transformaram em verdadeiros mitos como o de que o trabalho dignifica o homem, ensina junto com a vida, os pais começaram a trabalho cedo e são pessoas de respeito e com caráter. Historias de superação são contadas a todo o momento como forma de justificar que o filho deve encarar o serviço e ganhar seu dinheiro. Entre todos os exemplos e omissões os números ficam incertos, podem ser 100 mil se levado em conta à idade de 5 a 9 anos ou mais de 700 se a faixa for entre 10 e 13 anos e aumentar a faixa ate aos 17 anos iremos passar de quatro milhões de crianças e adolescentes no mundo do trabalho. A necessidade de enfrentarmos essa situação esta relacionada com o futuro do Brasil. A opção pelo trabalho faz com o desempenho na escola seja péssimo gerando a evasão escolar e se transformam em trabalhadores despreparados no futuro fazendo aumentar as desigualdades já existentes. Durante muitos anos nos disseram que sonhar era coisa de rico, que a esperança era para os ricos, que o sucesso era para os ricos e que a felicidade era para os ricos, fomos martelados que o fracasso pertence aos pobres tantas vezes que acabamos incorporando como verdade e assim aceitamos que jamais conseguiríamos nos tornar em vencedores. Talvez essas afirmações venha justificar em parte a omissão e o descaso por parte da sociedade quanto ao trabalho infantil principalmente a população mais pobre, no entanto, aos poucos uma luz no fim do túnel vem surgindo mesmo que de forma tímida ela se apresenta. Diversos projetos e ações de enfrentamento ao trabalho infantil vêm ocorrendo no Brasil e no mundo, ainda não é o suficiente para que essa ferida venha cicatrizar ou até mesmo sumir mais o primeiro passo vêm sendo dado, os movimentos a favor da redução da idade penal deveriam se empenhar na defesa do fim do trabalho infantil ocorre que a ideia original vem daquele setor em que não precisam lutar pela sobrevivência, vem daqueles que possuem a facilidade dos recursos para o investimento na melhor educação para seus filhos e os jovens mais pobres para esse grupo não passa de trabalhadores que um dia estará ali para manterem suas conquistas e seus confortos. Sensibilizar os pais de jovens carentes é tarefa para os grupos de defesa dos direitos humanos, que é possível existirem esperança em um tempo melhor para uma população que vem sendo retirado seu futuro em nome de um projeto de criação de mão de obra no lugar de oportunidades futuras, conversando com jovens de estados como Tocantins, Espírito Santo, Goiás e Rio de Janeiro é fácil observar seus sonhos e não se trata de ficarem atrás de um balcão ou de trabalhador braçal, nada disso, muitos querem se tornar advogados, médicos, engenheiros, arquitetos e até políticos. São jovens que teimam em romper com estatísticas pessimistas e projeções nada animadoras, mas que a vitória faz parte de cada um deles. Suas famílias possuem as virtudes e as contradições de outras, muitas possuem na mãe o seu chefe e nem por isso são menos preparadas em caráter, ética, virtudes ou respeito pelo outro é assim que milhões de famílias educam , formam e levam seus filhos a vitória. Existe uma esperança e existe uma luz no fim do túnel.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Educação: Que mudanças seriam necessárias para o Brasil.

Que mudanças seriam necessárias para o Brasil? Qualquer que seja o problema que venha ocorrer no Brasil à educação é logo apontada como solução, segundo os analistas a ausência dela tem nos levado da desigualdade social até a corrupção, sem esquecermos é claro a forma errada que o brasileiro realiza na escolha de seus candidatos no momento de ir às urnas. Acredito que ninguém venha discordar que a educação é fundamental para o desenvolvimento de uma nação, no entanto, no caso brasileiro se faz levar em conta o processo de formação de nossa terra quanto povo e nação. Os que defendem a educação como saída para todos os nossos problemas sempre procuram dar exemplos de outros países ou culturas, como se fosse simples seguir seus exemplos. Agindo dessa forma acabamos nos esquecendo dos reais motivos que levaram com que a educação brasileira ficasse em segundo plano. Vivemos um momento especial é verdade, o crescimento alcançado nos últimos anos permitiu que uma parcela significativa da população pudesse sonhar com bens antes possíveis de serem realizados, há não ser em sonhos. Esse crescimento, no entanto deixou claro o modelo de desenvolvimento realizado no país até então. É evidente que a educação deve ser o caminho trilhado por todos, seja pelas autoridades, sociedade organizada e o cidadão comum. No entanto, precisamos ver de que educação estamos nos referindo, e escolar ou aquela que nos remete a construção de uma nação composta de cidadãos conscientes e acima de tudo éticos com valores que não ficam apenas no discurso. Para demonstrar a falência do nosso sistema educacional, exemplos de outros países sempre são citados pelos nossos analistas, especialistas e defensores de uma boa educação no Brasil. Mais nos esquecemos de avaliar como se deu o processo educacional em nosso país e principalmente a importância que a família tem na formação das crianças e jovens nas mais diversas culturas espalhadas pelo mundo. Outro ponto importante esta na ausência do cidadão comum no momento de formular uma política para esse setor importante na vida de qualquer país. Não pretendo é claro ser o descobridor das soluções para um problema tão importante e grave, mas o que pretendo realizar nos textos seguintes é contribuir no debate mostrando a opinião de pessoas que entrevistei no período de três anos, são opinião de pais, filhos, professores e sindicalistas e algumas autoridades. Com certeza ocorrerá algumas contradições e opiniões que muitos dirão que é de quem não vive o problema, mas para isso é que servem os agentes políticos, sejam governamentais ou não, avaliar o que o cidadão pensa e a partir dai buscar uma solução que atenda ao conjunto da sociedade e não apenas aos setores organizados, até porque a maior parte da população é composta por aqueles que vivem de casa para o trabalho e do trabalho para casa, não tendo em sua maioria o simples direito de momentos de lazer mesmo que pequenos.

Registros de Imagens.

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