terça-feira, 13 de novembro de 2012

Saindo do silêncio. a voz do coração

Alguns me consideram ingênuo outros que sou um romântico e que pertenço a uma esquerda do passado na qual restou apenas à utopia, o sonho de mudanças. Eu acredito que sou alguém que ainda acredita que é possível ser honesto, em acreditar que o homem pode realizar o bem e a esperança não morre jamais. No Brasil o desenvolvimento e suas ações públicas não são desenvolvidos de forma natural e para toda sociedade mais sim em favor de uma parte. Muito se fala na educação como solução para nossos problemas, no entanto quando o debate é realizado é possível observar que o modelo proposto não se trata para o seguimento da sociedade que realmente necessita outra questão esta nas definições das ações para onde devem ser deslocadas e nesta divisão a visão econômica sempre acaba pesando e a formação técnica passa como solução e ainda como um grande modelo de educação. Nas eleições realizadas em outubro percebemos o quanto a faltas de debate foram marcantes e em nenhum momento os “formadores de opinião” reclamaram e ainda faziam questão de inflamar certas campanhas ou candidatos e assim propostas para educação, saúde, investimentos em saneamento básico e de cultura ficaram para em segundo plano ou nem foram debatidos na maioria das cidades. Temas como segurança estiveram no foco não por ser apenas uma necessidade mais para responder a setores da sociedade que se sentem ameaçados o mesmo podemos dizer com referencia a situação das drogas nas cidades, a visão equivocada continua criando discussões que fogem da realidade das causas de seu aumento principalmente no que se refere ao crack, o seu surgimento e o crescimento se deram devido a omissão da sociedade e dos governos que ficaram de braços cruzados enquanto a população de rua e os envolvidos em prostituição se drogavam, na década de 90 era possível assistir na Praça da Sé em São Paulo o surgimento de grupos se drogando, depois em outras regiões da grande São Paulo a seguir o mesmo acontecia em outras regiões do Brasil e sempre com a mesmo população envolvida sobre os olhares de quem passava como que se falasse “esses vagabundos preguiçosos só querem saber de se drogar” o que não poderiam imaginar é que esse tipo de droga iria contaminar seus filhos e amigos de classes mais favorecidas e não apenas a escoria da sociedade. Alguns grupos de direitos humanos não tiveram a preocupação de perceber o quadro que se desenhava e continuaram com suas ações também equivocadas e paternalistas sem irem a fundo ao resgate dessas pessoas, talvez por não imaginar o que se desenhava ou porque desconheciam om poder deste tipo de droga, que hoje percebemos ser muito maligno. Como ia dizendo, o processo eleitoral não foi capaz de debater nem propor ideias, projeto ou programas com objetivo de solucionar ou começar amenizar diversas questões que tanto afligem a sociedade, é fato que evoluímos desde a Constituição de 1988 quanto uma nação que tem consciência de seus direitos e deveres mesmo que em certos momentos sejamos incoerentes com todo esse avanço e a função e o papel de cada um na realização das ações passe a sensação de que somos um país sem qualquer perspectiva. O que compete ao cidadão, ao legislativo e judiciário e o que esperamos do executivo? O que é ser livre, o que necessito para ser livre? Qual o conceito de cidadania e o que significa ser um cidadão para mim? Acredito que essas e outras perguntas seriam um bom exercício na tentativa de encontrarmos respostas que nos fizesse ter uma visão mais clara do que é ser cidadão ou a tal chamada cidadania. Uns exemplos da visão deformada que a sociedade possui de suas lutas podem observar na campanha com objetivo de se reduzir para 16 anos a responsabilidade por suas atitudes dos adolescentes a chamada “Redução da Maioridade Penal”, os argumentos são ao mais diversos como: se já podem votar ou dirigir também poder se responsabilizar pelas suas atitudes, ou ainda que nos dias de hoje não existam mais inocentes pois muita coisa lhes é apresentado nos meios de comunicação e pela internet. Existe ainda a visão na qual se são capazes de cometer crimes com requintes de crueldade podem muito bem serem penalizados, outra questão esta na utilização de crianças, adolescentes e jovens pelo tráfico e outras quadrilhas em ações criminosas. Acredito que outros pontos podem ser colocados no debate em defesa do projeto de se reduzir a idade penal, no entanto, o que gostaria de refletir é qual o ponto no qual a responsabilidade da família na criação de crianças, adolescente e dos jovens estará presente no debate. Outra pergunta seria se todos os críticos conhecem realmente o Estatuto da Criança e do Adolescente, como ele surgiu e com que finalidade. A todos que pergunto a respostas é evasiva do tipo que já ouviu falar ou que conhece alguns pontos, mais ler seus artigos e sua historia poucos são os que poderiam testemunhar e ainda existe os que defendem o Estatuto com a visão focada em interesse próprio devido ao trabalho ou ser de alguma instituição de defesa dos direitos humanos. O fato é em todos os lados existem os que tratam o debate de forma consciente e os que são levados pela pauta dos meios de comunicação ou dos querem soluções radicais no enfrentamento a situação de violência que vivemos. O que podemos observar que se trata de uma reflexão simples de ser realizada e que por trás deste debate se esconde preconceito, politicas equivocadas como a questão social e ainda a velha falta de comprometimento dos verdadeiros responsáveis por cada ação. Vivemos em um mundo em que a vivencia familiar e cada vez menor, o esquecimento com nossa historia e a dificuldade de aprendizado tem sido um fato que não pode ser desconsiderado da mesma forma que o papel da mulher na construção de uma sociedade mais justa é fundamental, a modernidade não pode ser inimiga e colocar a virtude e os valores em segundo plano ou lhe dar uma dimensão inferior e com menos importância na formação do homem. O fracasso na formulação de politicas públicas para a população infanto-juvenil brasileira e no mundo é um fato consumado mesmo com os avanços das últimas décadas, no entanto, os maus-tratos, o abandono, a exploração e todos os tipos de violências praticadas contra eles podem ser encontrados nos noticiários a todo instante. Importante dizer que esse tipo de violência não é nenhuma novidade nem tão pouco um fenômeno do nosso século ou do século XX o mesmo podemos dizer da participação de jovens no crime ou nas guerras, em toda parte do mundo crianças e adolescentes são utilizados para que adultos possam ficar livres para realizar outras ações, a retirada de crianças dos braços de suas famílias em todas as regiões do mundo para se transformarem em homens bombas ou guerrilheiros ou ainda para servirem o crime tem sido uma pratica comum, penalizar apenas os que na verdade acabam sendo vitimas não ira resolver a situação de violência que existe como também devemos ter a certeza de que muitos acabam entrando neste mundo por opção própria e não apenas pela dificuldade financeira ou influencia de outros. O fato é que o debate deve ser realizado de forma que as vitimas não se transforme em algozes e que as responsabilidades sejam dadas a quem de direito.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SAINDO DO SILÊNCIO

Como decifrar a vida? Como definir seus mistérios? Quando o homem terá a consciência de que Ele é apenas a criatura e não o criador? Talvez nunca iremos conseguir encontrar respostas que nos mostre o caminho no qual devemos seguir, não falo de um ser individualmente me refiro ao homem como ser que pensa e por isso tem o livre arbítrio de refletir sobre cada ato desenvolvido por ele. Individualmente buscamos esse caminho, alguns pela religião, outros pela luta em forma de guerras e revoluções em nome de um ideal de justiça ou ainda para defender uma parte da sociedade. Outros tentam buscar no amor esse caminho. Como podemos ver tudo que possamos imaginar sobre a vida jamais chegaremos perto do um fundamento que seja o principal e se cada de um nós procurarmos definições iremos listar milhões de opções. A verdade é que o individuo é fruto e consequência do meio em que vive e a partir dai vai se desenvolvendo seja por intermédio dos estudos, do trabalho e principalmente do que aprende no seio da família. Portanto, como estabelecer regras de comportamento se a influencia do que nos cerca interfere de forma significativa e muitos são levados a possuir um comportamento diferente do que lhe foi ensinado por seus pais e que em muitos casos jamais seria capaz de realizar atitudes que lhe pudesse por em risco por exemplo. O debate sobre a importância da educação e sua valorização como principal ação de afirmação de um cidadão principalmente dos jovens mais pobres será sempre travada no viés do fortalecimento da economia e nunca em uma proposta de desenvolvimento que o leve a ter capacidade de definir seu caminho sem que a ética e valores sociais ou morais sejam desrespeitadas. O simples argumento de que o poder público se responsabilize pela estrutura educacional e da saúde não deve servir como desculpa para atitudes de violência que assistimos todos os dias. Da mesma forma que utilizar a corrupção como forma do desinteresse da sociedade, na verdade todos são movidos por interesses bons ou maus. Sei que muitos não acreditam em que podemos ser influenciados seja para o bem ou para o mal e que muitos não se dobraram para as dificuldades e por isso só que não conseguem refletir ou os chamados “cabeças fracas” é que acabam sendo envolvidos “pelo que não presta”, é assim que as situações vividas por uma parte da sociedade é avaliada”. Da mesma forma que nem todos conseguirão entender o que são Direitos Humanos e por isso mesmo diversa questões ficam fora do debate ou nem mesmo acabam sendo avaliadas como perda de direitos. A verdade é que podemos observar como diversos setores da sociedade estão saindo do silêncio e fazendo com sua voz sejam ouvidas, tem sido assim com as mulheres, como os idosos, com os portadores de necessidades especiais e com os direitos de milhões de crianças e adolescentes no Brasil e no mundo. As denuncias da mesma forma como centenas de pessoas têm sido punidas por crimes cometidos contra esses seguimentos são frutos de uma movimentação por parte da sociedade mesmo que não exista um consenso na defesa desses direitos como podemos observar na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. A verdade é que na cabeça de milhões de pessoas todos podem ser responsáveis por suas ações não importando as dificuldades encontradas. Por isso o titulo Saindo do Silêncio para os próximos artigos que estarei publicando neste blog, o primeiro será sobre a campanha que vem ganhando espaço nas redes sociais sobre a redução da maior idade penal, a pergunta que pretendo por em debate no artigo será A QUEM INTERSSA A REDUÇÃO DA IDADE PENAL?

Registros de Imagens.

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