quinta-feira, 4 de junho de 2015

A IMPORTANCIA DA FAMILIA NA ATUALIDADE. Parte I

Nunca se debateu tanto a importância da FAMILIA do que nos dias de hoje. No entanto quais os modelos familiares estão SE referindo. Pois gostando ou não, a composição familiar na atualidade é bem diferente do que aprendemos nos livros, do que nossos pais falavam e do modelo que as religiões defendem como a FAMILIA IDEAL. Não pretendo entrar em um debate que reforce idéias preconceituosas ou ainda que venha defender a posição de que a população pobre tem sido responsável pelas mazelas existentes. A família é o primeiro grupo social que participamos, nela seremos criados a partir de valores adquiridos por diversas gerações e cada uma dessas gerações com características de seu tempo, e nem por isso certa ou errada. Apenas viveram em seu momento, muitos são os exemplos de submissão das mulheres perante seus maridos e assim foram tratadas ou como objetos de desejo ou de propriedade, nesse sentido tudo era permitido por parte de seus donos. Quem nunca ouviu as seguintes expressões: Ele é seu marido e tem seus direitos; Você deve respeito a ele, ele é seu marido. Isso para encerrar por aqui, pois a lista é extensa, nessa relação familiar o homem, ou melhor, o marido sempre foi a “parte principal e privilegiada na relação”. E por incrível que pareça essa situação ainda permanece nos dias de hoje, o homem continua sendo o dominador da situação mesmo com todos os avanços alcançados pela mulher e dos adquirido por elas e pelas crianças e jovens. O debate nos dias de hoje tem sido pautado pelas igrejas com a desculpa de defenderem os valores verdadeiros e principalmente a FAMILIA, desenvolvem uma campanha agressiva contra os grupos homossexuais e aos casais separados e principalmente as mulheres solteiras ou separadas de seus maridos. A igreja seja ela católica ou protestante pregam o casamento como algo indissolúvel no qual só Deus teria o poder de realizar a separação, o que não deixa de ser importante e fundamental par a construção de uma sociedade baseada no respeito e preocupada na formação de nossos jovens. No entanto, em cada momento de nossa vida devemos ter a conversão como ponto fundamental, mas precisamos também falar de que conversão estamos nos referindo, de quais mudanças devemos fazer, que valores queremos deixar para nossos filhos e filhas? Que sentido damos as nossas vidas e a nossa existência? A conversão não deve ser realizada apenas pelos que vivem em pecado, muito pelo contrario todos nós devemos realizar uma mudança de atitudes, de pensamentos de motivações, as mudanças ou conversão deve ser radical, precisamos estar em movimentos constantes com o objetivo de que possamos refletir sobre as mudanças que ocorrem no mundo e na sociedade. Muito se fala nas famílias desestruturadas, que elas seriam as responsáveis pelo aumento dos jovens na criminalidade e com isso o aumento da criminalidade e da violência. Mas o que é família desestruturada? E por que ela seria responsável pelas mazelas? Em primeiro lugar devemos evitar argumentos que no fim criam ações contraditórias na vida de cada um de nós, a simples reprodução de opiniões preconceituosas cuja finalidade seria a de manter determinadas situações que possam colocar em risco a vida de mulheres e crianças ou ainda a de justificar posições fanáticas e que também tem contribuído para a destruição de milhares de família em nome de uma posição na qual devemos debater exaustivamente sem o mínimo de medo e de julgamentos errados por aqueles que hipocritamente pensam somente em estar na mídia sem o mínimo de compromisso com as pessoas que sofrem todos os tipos de violência. Todos nós concordamos a importância da família na vida de uma sociedade, pois nela devemos aprender como se comportar uns com os outros, na família aprendemos a respeitar os mais velhos, os diferentes até porque cada um tem um jeito próprio, aprendemos o caminho de uma religião mesmo que depois possamos procurar uma opção a partir de nosso julgamento, mas, a iniciativa sempre será da família. Na família teremos uma educação que a escola apenas terá o papel de completar essa formação. Na família aprenderemos como amar o outro de forma gratuita sem exigir nada em troca. Assim deveria ser a vida em família, no entanto, a cada dia observamos que esse e outros fundamentos e valores que deveriam partir da família tem ficado cada vez mais distante. As conseqüências deste distanciamento podemos observar no comportamento dos jovens cada vez mais agressivos, irresponsáveis, envolvidos em vícios que prejudicam sua formação seja intelectual ou física. Nas entrevistas que realizei com diversos jovens durante três anos os relatos sobre as famílias alguns pontos que foram citados merecem nossa atenção e uma reflexão mais séria de nossa parte. Violência, abuso sexual, separação devido à violência praticada pelo pai e desemprego do pai, drogas e álcool por um dos responsáveis, apesar do pai ainda ser maioria é visível o aumento da mãe no consumo de drogas e do álcool, separo os dois em respeito à diferenciação dado pelos jovens e que explicarei mais adiante. O controle dos pais de forma considerada por eles excessiva e “sem limites”. E muitos apesarem de viver com a mãe depois da separação dos pais não consideram suas famílias desestruturadas. A definição de família estruturada pelos jovens foi dada da seguinte forma: Não importa o tamanho ou se meu pai ou minha mãe more comigo, o importante é que o amor esteja presente, pois o quer mais conhecemos são caso de famílias onde o pai e as mães moram juntos e a violência e a falta de união são mais forte do que qualquer outro sentimento. Discutir modelos de famílias sem tentar entender o que vem acontecendo no meio das famílias é tratar de forma simplista todos os problemas existentes e que tem levado ao aumento da violência domestica. Sei que muitos defendem a manutenção de um casamento pelo compromisso assumido perante a sociedade, devido participarem da igreja que falam da união abençoada por Deus e por isso seria indissolúvel. Mas não quero aqui defender que a separação seja considerado normal nada disso, o meu objetivo esta em mostrar que a defesa de um sacramento que permite que uma pessoa tenha de sofrer em um relacionamento não pode ser tratado como um sacramento. O matrimonio tem como um dos objetivos a fundação de uma nova família cristã e a partir deste passo dado pelo casal eles possam crias seus filhos com harmonia buscando lhes ensinar os valores onde o perdão e o amor esteja sempre presente em suas vidas, que o contrato realizado entre o marido e a mulher e testemunhado pelo público como sim dado por ambos em público sejam a renovação de seu batismo.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

PROSTITUIÇÃO INFANTO JUVENIL.

Falar para os jovens sempre será uma experiência maravilhosa principalmente quando conseguimos ter uma conexão com eles, no entanto, ainda continuamos tendo dificuldades de conversar com eles sejam em palestras, na sala de aula, nas igrejas e principalmente em nossas casas e a culpa não esta em apenas um lado essa dificuldade parte dos dois lados e encontrar um equilíbrio será o nosso maior desafio caso contrário nossos jovens continuarão vulneráveis ao encanto que o mundo oferece. Não importa a classe social o nível cultural ou intelectual as armadilhas estão prontas para todos os jovens é evidente que alguns são mais vulneráveis do que outros mais o crime tem suas manhas e encantos e sabem como seduzir suas vitimas e ainda contam com o despreparo da sociedade e de seus preconceitos e inseguranças que fazem a omissão caminharem de mãos dadas com a indiferença à vergonha e o medo. Esta criada assim as condições para que o crime se estabeleça e crianças e jovens se tornem o alvo predileto das quadrilhas. As causas da prostituição são inúmeras as motivações idem os perigos então são enormes e mesmo assim milhares e até milhões de pessoas se entregam nesta vida muitas das vezes sem condições de fugirem ou saírem por conta própria, pois a rede criada não lhes permite. Pena que não conhecemos nossa terra e muito menos nosso povo talvez esse seja o motivo de não conseguirmos construir políticas publicas para nosso povo e assim fica fácil este povo se transformar em um cordeiro pronto para o sacrifício, talvez esteja sendo duro ou quem sabe infantil alguns irão dizer mais a verdade é que dentro da sua bondade nosso povo sempre procura acreditar, confiar primeiro para só depois começar a desconfiar e em alguns casos a temer seu destino. Pesquisa realizada pela Organização Iberoamericano de Juventude em 20 países com jovens entre 15 e 29 anos mostra que os brasileiros são os mais pessimistas da América Latina o que deixa claro que temos muito que fazer e que precisamos mudar nossa ação, pois, só assim conseguiremos modificar o futuro de nossos jovens. A dificuldade em se combater a prostituição infantil esta em primeiro lugar na omissão da sociedade na conivência de esposas, mães ou responsáveis por crianças e adolescentes independente dos motivos apresentados ou identificados por estudos e pesquisas. A família como parte da sociedade vem sofrendo cada vez mais influencia do clima erótico que vem imperando em todos os lugares tem sofrido e contribuído para a manutenção da exploração sexual infanto-juvenil uma das maiores mazelas da sociedade atual. Infelizmente o debate sobre violência vem sendo contaminada pelo numero de crimes violentos muitos deles por motivos fúteis e que poderiam ser evitados caso tivéssemos presente em cada um de nós uma cultura de paz no lugar da cultura de estarmos sempre na frente não importando como se chega em primeiro se a cultura da paz tomasse lugar em nossos corações em vez da ganância e de uma vontade imensa de querer mostrar uma força onde deveria existir. A violência contra mulher, criança e adolescente não é só um crime bárbaro é acima de tudo a imposição daquele que se tem a força como uma forma de mostrar o poder e quem manda. Essa é sem duvida a maior dificuldade de se enfrentar esse tipo de violência responsável pela morte, pela tortura e por grande parte das deficiências existentes em grande parte de mulheres e jovens não só Brasil mais no mundo inteiro que possui a violência principalmente a sexual contra mulher, crianças e jovens como uma arma e uma demonstração de força sobre o outro, nesse caso milhões de mulheres, crianças e jovens espalhadas pelo mundo. A prostituição tem sido há décadas encarada apenas como uma atividade comercial onde uma das partes vende seu corpo e por isso quem paga pode usufruir da maneira que desejar. Não é analisado o que existe por trás da prostituição, as mazelas sociais assim como a exploração ficam sempre em segundo plano, pois no imaginário da população vive na prostituição quem pensa em ter uma vida fácil, no entanto, a situação do mundo da prostituição não e de cor de rosa muito pelo contrario, o medo esta sempre presente em cada uma das mulheres, das crianças, das adolescentes e de muitos meninos e jovens do sexo masculino que por diversos motivos tem no mercado do sexo seu meio de sobreviver. Ninguém pergunta o motivo de termos uma sociedade violenta e muitas das vezes ineficiente na busca por soluções dos problemas por mais simples que seja fruto da ausência de uma ação voltada na educação que tenha o conhecimento como motor de desenvolvimento não apenas econômico mais acima de tudo pessoal, de qualidade de vida e assim servir de base para uma nação aonde a paz o amor pelo próximo e o respeito nos conduza ao primeiro lugar e não sejamos refém de uma base econômica frágil seja qual o modelo se desenhe, pois essa economia é baseada na exploração enquanto o cidadão e apenas escravo. A exploração sexual de crianças, de adolescentes e mulheres é parte de um pensamento reinante na sociedade onde a capacidade é medida por uma educação excludente com a finalidade de criar apenas mão de obra “qualificada” e caso você não faça parte do perfil desenhado o sucesso estará longe muito longe. A onda de violência existente atualmente onde o linchamento do ser inferior, daquele que erra que comete delito vem se transformando uma reação natural é à base de uma sociedade não “civilizada” mais sim daquela sociedade que se considera superior o suficiente e por isso capaz de decidir tudo pelas próprias mãos uma vez que o Estado não o faz. Quando definimos quem é nossa propriedade cometemos a omissão praticamos um crime com o grau de gravidade idêntica ao do criminoso, defender nossas crianças e adolescentes da exploração sexual é fundamental para a construção de uma sociedade que tenha respeito com seu futuro o discurso de que precisamos investir em educação para alcançarmos o topo dos países desenvolvidos será sempre falso e apenas uma retórica se o respeito nos cidadão não estiver presente em cada ação, pois a violência sexual a exploração sexual e a violência contra mulher não é exclusivo de uma sociedade só de pobres e de sem educação. Ela não tem cor, nem classe social, pois ela se encontra presente em todos os setores da sociedade.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

DEMOCRACIA PARTICIPATIVA

Os problemas de um país jamais serão resolvidos penas com as intervenções ou muito menos do mercado, faz-se necessário um pacto com o cidadão, pois a democracia só terá seu valor para a população quando seu valor não estiver focado apenas no voto no dia da eleição, mas a partir do momento em que se sentirem útil em outros momentos de decisão como, por exemplo, na elaboração de políticas públicas e principalmente do debate sobre o orçamento público. O que observamos é a dependência cada vez maior dos investimentos privados no setor público e com isso o aumento de uma relação desigual entre as necessidades do cidadão com os interesses das grandes empresas. O enfrentamento com objetivo único de dar um basta em todas as desigualdades seja econômica ou social passa pela pressão da sociedade nos momentos cruciais da vida pública, por isso, a dificuldade as classe política e dos grandes grupos empresariais em aceitar projetos que fortaleçam a participar popular por intermédio de conselhos populares considerando que o processo eleitoral já trata de uma forma de participação e segundo eles não haveria necessidade de outro modelo participativo. Assim é possível entender o motivo do porque de leis que fortaleçam a participação da sociedade acaba ficando tanto tempo parada no Congresso ou quando aprovadas as criticas são enormes ou não são colocadas em pratica. No entanto é importante lembrar que a participação popular esta inserida em nossa Constituição assim em como diversas leis elaboradas com a participação popular não tendo assim justificativa para essa dificuldade em aceitar qualquer participação da sociedade na formulação de políticas públicas por intermédio dos Conselhos Populares seja ele de caráter municipal, estadual ou federal. Os Conselhos devem ser considerados por todos como um espaço de dialogo e até porque não de alguns enfretamentos quando temas como o modelo de Desenvolvimento Urbano que queremos para nosso país, esse alias é ponto central da negativa da classe política, da imprensa e das grandes corporações o de dividir com a sociedade seu modelo de desenvolver o país e perderem a oportunidade de continuarem ganhando sempre. Por tanto, esta nas mãos da sociedade exigir uma participação de fato na formulação de ações que ajude a todos a crescerem e não apenas uma pequena parcela continue sendo favorecida pelas ações do Estado. Uma nova eleição se aproxima e a pergunta que devemos realizar é: somos livres para decidirmos qual o modelo de país queremos: eu sou um privilegiado pelo Estado e suas ações; caso a resposta seja negativa, precisamos conversar muito uns com os outros e juntos descobrirmos a melhor forma de encontrarmos uma saída e então colocar em pratica, o que não podemos e ficar de braços cruzados precisamos entender e conhecer a formação da nossa sociedade e principalmente os grupos que a compõe.

sábado, 7 de junho de 2014

Vitorias devem sempre devem ser comemoradas, para não serem esquecidas.

A homenagem recebida no dia 3 de junho de 2014 me levou a refletir o quanto somos injustos com a gente mesmo em vários momentos de nossas vidas principalmente com as vitorias alcançadas mesmo que seja pequena, uma guerra não e realizada só de grandes batalhas muito pelo contrario, quando participamos de um determinado movimento ocorre o mesmo o enfrentamento se dá em varias frentes e assim pequenas vitorias são conquistadas durante a caminhada. Fui apresentado à luta pelo meio ambiente quando entrei na direção da Federação Municipal de Associações e Moradores de Duque de Caxias o MUB, quando participei da Comissão de Saneamento e estava sendo discutido um projeto de Saneamento para a Baixada Fluminense, nos encontrávamos-nos 80, a comissão era formada pelos companheiros Eliezer e Helinho, com eles aprendi muito e ali o desenho de um projeto de Despoluição da Baía da Guanabara começava a ser construído. A luta de Saneamento na Baixada é antiga e dezenas de manifestações e caminhadas foram realizadas na região e no centro do Rio com o objetivo de chamar atenção das autoridades e da opinião pública, uma grande mobilização na época da Constituinte de 1988 ocorreu onde coletamos mais de um milhão de assinaturas em defesa do saneamento nas cidades da baixada que acabou tendo um artigo em nossa constituição. As manifestações de 2013 foram importante mais ao mesmo tempo penso que equívocos foram cometidos como, por exemplo, a violência que surgiu desvirtuando o principal objetivo de uma reivindicação da sociedade que é da preservação da integridade de todos principalmente daqueles que se encontram lutando por uma cidadania de verdade. Tive o prazer e a honra de participar de granes momentos na vida da cidade que nasci me criei e vivo com minha família. Nessa caminhada muitos não conseguiram ver as conquistas alcançadas, alguns ficaram pelo caminho e que fazem falta nas reflexões que ainda precisamos muito realizar e que com sabedoria nos guiaram para essas vitorias. A lista é tão importante quanto à das vitorias: fazem parte: Walter Neves, Helio Rodrigues o Helinho, Sr.Raimundo da VIla São Sebastião, Osvaldo da Vila do Lixão, o Gordo da mesma comunidade, dona Ana de Saracuruna. Lembrar de nossos heróis é na verdade um exercício onde a esperança não deve morrer nunca e nossas forças sejam sempre revigoradas, os nomes acima são os primeiros que divido com aqueles que estiveram juntos e também aos que não puderam estar nem tão pouco os conheceram e contarei um pouco de suas histórias em uma outra oportunidade, o importante é deixar claro que ninguém é forte sozinho nem tão pouco é mais importante as reivindicações e os objetivos devem ser cantados pelos cantos da cidade e de todos os lugares em homenagem aos nossos guerreiros e mais ainda as reivindicações atuais não seriam possível se uma vitoria por menor que tenha sido não fosse concretizada no passado, Esse texto é apenas o começo do resgate da nossa história construída a centenas de mãos, de braços, de mentes e de homens e mulheres e garra, e sentido de justiça cujo único pensamento era o de fazer o bem.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Cultura: Livro e Leitura

A política cultural mesmo com todos os avanços ainda não é vista como uma ferramenta essencial pela maioria das prefeituras brasileiras. Podemos observar como isso é real a partir do momento em que o orçamento para as gestões municipais são elaborados. Além do baixo volume de recursos destinados a essa área existe uma fragilidade na elaboração de projetos e programas. Até os recursos oriundos dos governos estaduais e federal são mal utilizados ou os municípios. Se o tema em discussão for uma política voltada para o livro e a leitura a situação se agrava ainda mais. Diversas questões que deveriam ser levantadas no momento de se elaborar ações para o desenvolvimento de uma política cultural são deixadas de lado como, por exemplo: quais são as estratégias para garantir o acesso da população à diversidade de linguagens e culturas; como é democratizada e facilitada o acesso de grupos culturais aos meios necessários à produção cultural: que estratégias são desenvolvidas para preservação do patrimônio histórico e cultural e para o resgate da memória das cidades; como a cultura pode contribuir para enfrentar os desafios de repensar a lógica de organização das nossas cidades que privilegia o consumo individual e a indiferença e degrada o patrimônio ambiental e que não reconhece a demanda especificas das mulheres, dos jovens e crianças, dos negros, das pessoas com deficiência e dos idosos e dos homossexuais e por fim que estratégias serão desenvolvidas para democratizar a cultura para garantir que a sociedade participe da formulação, do desenvolvimento e do controle das ações culturais e assim garantir que a política cultural ocorra de verdade. Quando o tema do debate é focado no livro e na leitura observamos que a cultura realmente jamais foi vista como essencial no desenvolvimento do cidadão. O Brasil se encontra entre os dez maiores mercado editorial no mundo e mesmo assim possuímos 100 milhões de brasileiros que não leem um livro sequer. Os motivos são dos mais diversos que vai desde o preço até a falta de biblioteca ou quando existe ela não é um espaço no qual leitor se sinta a vontade. Outros motivos são dados e mesmo assim com diversos estudos e pesquisas ainda não conseguimos encontrar um projeto que transforme nossos municípios em cidades de leitores. Dizem que somos um país sem memória e o que acontece é logo esquecido e o que tenha acontecido há séculos então é destruído. É talvez seja verdade, no entanto esses fatos mudaram e hoje somos um país e um povo que tem preocupação com sua história e com seus patrimônios, que tanto livros quanto discos antigos não têm o seu valor minimizado, existe no ar um sentimento de preservação de nossas memórias mesmo que ainda não tenha se transformado em uma política pública como ocorre em outras partes do mundo. E assim o sentimento de que o livro não se trata apenas de um pedaço de papel vem ganhando força e importância diversas ações são realizadas seja pelo poder público ou pela sociedade ou ainda pelo simples cidadão.

terça-feira, 18 de março de 2014

A SOCIEDADE QUE ESTAMOS CONSTRUINDO

Vivemos momentos de angustias e até de desanimo e com a certeza de que não existe saída para os diversos problemas existentes. Identificamos as mazelas consideramos nossa educação um fracasso, nossos jovens tão violentos que consideramos a redução da maior idade penal como a grande solução diminuição da criminalidade e da onda de violência existente. Culpamos os políticos por tudo de errado e a impunidade a inimiga a ser enfrentada. No entanto, em nenhum momento não refletimos sobre o nosso papel na manutenção dessas mazelas. O primeiro ponto que devemos refletir é os reais motivos que nos levam ignorar as leis e os direitos dos outros e mais que motivos temos de não ouvir o coração e colocar o amor em primeiro lugar em tudo que fazemos. Isso mesmo o amor, não me refiro ao amor de um homem por uma mulher e que em muitos casos não passa de atração física não passa de desejo pelo corpo feminino. As manchetes dos jornais nos mostram todos os dias a quantidades de vitimas do transito que morrem ou que ficam com um tipo de deficiência não apenas pela situação das estradas e sim pela imprudência e irresponsabilidade dos motoristas e de forma simplistas culpamos apenas os governos pelos acidentes. O mesmo pode-se dizer da violência sem sentido que vem tomando conta das cidades. As motivações de cada crime demonstram o quanto nossa sociedade esta próxima da barbárie o quanto nossa sociedade não tem limites e não pensam no bem comum, os motivos fúteis são as maiores causas de mortes no país deixando claro que o eu sempre prevalece na hora da escolha. As manifestações ocorridas no ano passado não passaram de um suspiro sem ter grandes consequências na realidade da sociedade isso porque o cidadão brasileiro continua furando fila, andando pelo acostamento, matando crianças e mulheres por motivos fúteis a escravidão ainda se encontra presente em nossa sociedade, o querer levar vantagem ainda é o combustível de muitos brasileiros e assim caminha a nossa sociedade. Criticamos os políticos mais na hora de escolher o candidato nos contradizemos outros se abstém ou voto nulo ou em branco e se justificam dizendo que todos são farinha do mesmo saco. Mais é nas atitudes do dia a dia que fica claro que não existe diferença entre os políticos que criticamos com as ações desenvolvidas por cada um de nos. Sei que a maioria do povo brasileiro vive para dar uma vida digna a sua família, que é solidário e faz sua parte na construção de um mundo melhor só que a individualidade não contribui para o avanço ou retrocesso de uma sociedade é no conjunto que mostramos o quanto somos diferentes, na luta contra as injustiças que mostramos nossa diferença e não a indiferença com o que acontece com nossos irmãos. As injustiças sociais, a violência praticada contra crianças, mulheres e idosos não são fatos isolados são na verdade frutos de omissões que passeiam há décadas ou séculos da nossa historia e que hoje nos mostra o quanto nos custa esse descaso. Especialistas procuram respostas na tentativa de mostrar o quanto nossos governantes são responsáveis por todas as mazelas existentes, no entanto, todos se esquecem de tentar descobrir qual foi o momento em que ultrapassamos a fronteira do que é ser aquele que possui o discernimento de separar o justo e o certo do injusto e do errado, enquanto estivermos procurando um único culpado mais longe de resolvermos o problema estaremos e o aumento da barbárie não chegará ao fim. Muitos são contra as religiões e procura defender suas teses mostrando o quanto igrejas participaram de perseguições, o quanto elas constroem fanáticos, e que seu radicalismo não ajuda na solução de diversas questões que transformam nossa sociedade em guetos. Não existem verdades absolutas nesse ponto, e também precisamos entender qual o verdadeiro papel da religião e como nos relacionamos com elas. Outro ponto será o de assumir o quanto somos influenciados por ideias e pessoas o q eu só ai já justificaria muitas questões que ocorreram no mundo sem que tivéssemos tentado impedir. O surgimento do Nazismo não se deu apenas pela vontade e Hitler e daqueles que o construíram, setores da sociedade alemã ajudaram sejam pela omissão ou pelas vantagens sonhadas que conquistariam com seu regime, o mesmo se deu com o resto do mundo, poucos foram o que perceberam o que estava por vir e tentaram de um jeito ou de outro mostrar a verdadeira face da ditadura que vinha sendo construída mais não alcançaram sucesso. O mesmo ocorreu com outras ditaduras espalhadas pelo mundo, por tanto hoje é muito mais fácil falar contra e construir um perfil dos ditadores mais e quanto à sociedade que cruzou os braços permitindo a subida desses monstros ao poder o que dizer delas, que todos foram enganados, que os que acreditavam na boa vontade deles eram simples inocentes? São respostas que nunca iremos encontrar.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Para onda caminha a sociedade

Para onde caminha a sociedade Contradição, impunidade, morosidade da justiça, indiferença por parte de uma parcela da sociedade são os combustíveis que mantém acessa a fogueira que nos deixa cada vez mais sem esperança de que mudanças possam acontecer. Aos poucos caminhamos para a barbárie onde as soluções sejam feitas com as próprias mãos já que as autoridades não estão conseguindo dar a resposta que a sociedade tanto quer ouvir. Por outro lado precisamos refletir sobre quais soluções queremos que realmente aconteça e que signifique um basta para os problemas que tanto atormentam a sociedade. A violência tem tirado o sono e nos deixando completamente sem ação tanto são os atos violentos que tem ocorrido, alguns sem a menor justificativa deixando claro que o homem não conhece seus limites e muito menos possui o controle dos seus atos. As soluções defendidas tanto por governantes quanto pela sociedade esbarra no total desconhecimento das causas e seus efeitos pelas quais a violência surge e se desenvolve. Dizer que a falta de educação e a responsável é querer minimizar os problemas que temos enfrentado, há não ser que a educação citada esta relacionada desde os primeiros ensinamentos dentro da família e que passa pela escola e se completa com a convivência comunitária, ou seja, uma convivência na sociedade. Falo de uma educação para a cidadania que deve ser um processo permanente e que fortaleça tanto os adultos quanto aos jovens o ato de exercer com responsabilidade seu direito e acima de tudo seus deveres quanto cidadão. O que não temos visto na pratica, pois os exemplos presenciados a todo o momento são a presença marcante de um cidadão egoísta, individualista e omisso, esses fatos não são difíceis de serem observados muito pelo contrario acontece todos os dias nas filas dos bancos, dos supermercados, nas loterias e no transito onde a violência aumenta de forma assustadora fazendo vitimas a todo minuto. Outro fato importante esta em identificar os vários tipos de violência e como eles influenciam nosso comportamento e qual nossa responsabilidade na existência da violência como Lea se apresenta hoje. Digo isto porque temos de ter claro que as soluções encontradas por maior que sejam as articulações desenvolvidas pelas autoridades em todos os níveis elas só terão resultados práticos se tiverem como foco o trabalho desenvolvido nos municípios, pois são neles que se manifestam as crises, é neles que o cidadão volta após o seu dia de trabalho, estudo ou de lazer, portanto, qualquer solução deve ser aquela que terá como ponto principal de ação a cidade e não uma região ou ate o Estado inteiro. Uma cidade não deve ser dada como prioritária para que outras não sofram as consequências do trabalho realizado em um município vizinho como, por exemplo, vem ocorrendo na atualidade com as UPPs que teve como prioridade realizar um enfrentamento nas favelas da capital e o resultado foi à fuga de criminosos para as cidades vizinhas e até para o interior do Estado do Rio. Os resultados positivos do inicio do projeto hoje vem sendo questionados devido o crescimento da violência nas regiões metropolitana e do interior do Estado, mostrando que as organizações criminosas possuem uma capacidade de se articular melhor do que o previsto inicialmente. O outro lado conflitante do combate à violência esta na ausência de uma proposta para o problema das drogas, enquanto isso uma verdadeira epidemia toma conta das cidades destruindo as famílias em uma velocidade sem controle. E o que fazer? Continua a sendo a grande duvida ser endurecendo as penas, será com prisão perpetua ou com a pena de morte como alguns defendem ou ainda com a redução da maioridade penal, enfim, o que observamos é a existência de uma grande confusão tanto na cabeça do cidadão quanto das nossas autoridades. O Judiciário nem o Executivo e muito menos o Legislativo conseguem se entender e nesse tempo a sociedade continua sofrendo as consequências. Precisamos todos refletir de forma serena qual o caminho que devemos seguir, pois o que se desenha de verdade é um quadro degradante onde a sociedade será penalizada seja qual for à solução encontrada.

Registros de Imagens.

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