sexta-feira, 4 de abril de 2014

Cultura: Livro e Leitura

A política cultural mesmo com todos os avanços ainda não é vista como uma ferramenta essencial pela maioria das prefeituras brasileiras. Podemos observar como isso é real a partir do momento em que o orçamento para as gestões municipais são elaborados. Além do baixo volume de recursos destinados a essa área existe uma fragilidade na elaboração de projetos e programas. Até os recursos oriundos dos governos estaduais e federal são mal utilizados ou os municípios. Se o tema em discussão for uma política voltada para o livro e a leitura a situação se agrava ainda mais. Diversas questões que deveriam ser levantadas no momento de se elaborar ações para o desenvolvimento de uma política cultural são deixadas de lado como, por exemplo: quais são as estratégias para garantir o acesso da população à diversidade de linguagens e culturas; como é democratizada e facilitada o acesso de grupos culturais aos meios necessários à produção cultural: que estratégias são desenvolvidas para preservação do patrimônio histórico e cultural e para o resgate da memória das cidades; como a cultura pode contribuir para enfrentar os desafios de repensar a lógica de organização das nossas cidades que privilegia o consumo individual e a indiferença e degrada o patrimônio ambiental e que não reconhece a demanda especificas das mulheres, dos jovens e crianças, dos negros, das pessoas com deficiência e dos idosos e dos homossexuais e por fim que estratégias serão desenvolvidas para democratizar a cultura para garantir que a sociedade participe da formulação, do desenvolvimento e do controle das ações culturais e assim garantir que a política cultural ocorra de verdade. Quando o tema do debate é focado no livro e na leitura observamos que a cultura realmente jamais foi vista como essencial no desenvolvimento do cidadão. O Brasil se encontra entre os dez maiores mercado editorial no mundo e mesmo assim possuímos 100 milhões de brasileiros que não leem um livro sequer. Os motivos são dos mais diversos que vai desde o preço até a falta de biblioteca ou quando existe ela não é um espaço no qual leitor se sinta a vontade. Outros motivos são dados e mesmo assim com diversos estudos e pesquisas ainda não conseguimos encontrar um projeto que transforme nossos municípios em cidades de leitores. Dizem que somos um país sem memória e o que acontece é logo esquecido e o que tenha acontecido há séculos então é destruído. É talvez seja verdade, no entanto esses fatos mudaram e hoje somos um país e um povo que tem preocupação com sua história e com seus patrimônios, que tanto livros quanto discos antigos não têm o seu valor minimizado, existe no ar um sentimento de preservação de nossas memórias mesmo que ainda não tenha se transformado em uma política pública como ocorre em outras partes do mundo. E assim o sentimento de que o livro não se trata apenas de um pedaço de papel vem ganhando força e importância diversas ações são realizadas seja pelo poder público ou pela sociedade ou ainda pelo simples cidadão.

Registros de Imagens.

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fotos

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