terça-feira, 29 de maio de 2012

Trabalho Infantil I parte

Abordar o trabalho infantil não é uma tarefa das mais simples, com esse texto começo a dar vida ao trabalho desenvolvido em alguns estados brasileiros nos últimos três anos. Espero assim contribuir com o debate sobre essa tragédia que se trata o tema TRABALHO INFANTIL. Os números referentes ao trabalho infantil no Brasil e no mundo são alarmantes, independente dos dados serem oficiais ou não. As dificuldades encontradas para o enfrentamento dessa tragédia que vem ocorrendo são muitas, são culturas de países ou regiões que abordam o assunto de forma diferente das leis, são funções que não é considerado trabalhado como atividades domésticas. O chamado bom senso em algumas questões das autoridades também faz parte dessa dificuldade como, por exemplo, uma criança que ajuda os pais no campo no momento das colheitas na tentativa de aumentar o salário da família. Nesse caso setores que deveriam proteger os direitos dessas crianças como os conselhos tutelares se utilizam desse chamado “bom senso” neste período para justificar sua omissão e crime perante a lei. Neste erro podemos encontrar promotores da infância e juízes acabam contribuindo nesse descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente. Podemos encontrar crianças e adolescentes nas mais diversas atividades, seja na agricultura, em vendas nas feiras e nos mercados, na produção de carvão, na construção civil, em lava-jatos, flanelinhas, em barracas de camelô e no como já abordado nos serviços domésticos. Esse último difícil de fiscalizar por se dar na maioria dos casos nas casas das próprias famílias ou de pessoas conhecidas. Outros problemas são encontrados como o envolvimento com a exploração sexual e no tráfico de drogas e em diversos outros crimes. O fato é estudos revelados em junho de 2011 pela Organização Internacional do Trabalho, revelou que mais da metade das crianças que trabalham em todo o planeta realizam atividades perigosas. A estimativa é de que exista cerca de 215 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhando. Dessas existem cerca de 115 milhões exercendo atividades perigosas na qual arriscam sua integridade física. No Brasil, pesquisa realizada pelo IBOPE a pedido da Fundação Telefônica/Vivo nas regiões norte e nordeste apontou os estados da Bahia, Ceará e Pernambuco como os primeiros do Ranking no Trabalho Infantil. Pernambuco que ficou em terceiro lugar tem81 mil crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos, trabalhando sobretudo na agricultura. Outras atividades praticadas são: vendas e produção de carvão. O trabalho doméstico, por exemplo, não é considerado na faixa de trabalho não sendo incluído na pesquisa. Infelizmente a sociedade ainda não se mobiliza nessa questão, a falta de sensibilidade pode ser justificada por varias visões envolvendo o que pensam os pais nessa situação. Algumas se transformaram em verdadeiros mitos como o de que o trabalho dignifica o homem, ensina junto com a vida, os pais começaram a trabalho cedo e são pessoas de respeito e com caráter. Historias de superação são contadas a todo o momento como forma de justificar que o filho deve encarar o serviço e ganhar seu dinheiro. Entre todos os exemplos e omissões os números ficam incertos, podem ser 100 mil se levado em conta à idade de 5 a 9 anos ou mais de 700 se a faixa for entre 10 e 13 anos e aumentar a faixa ate aos 17 anos iremos passar de quatro milhões de crianças e adolescentes no mundo do trabalho. A necessidade de enfrentarmos essa situação esta relacionada com o futuro do Brasil. A opção pelo trabalho faz com o desempenho na escola seja péssimo gerando a evasão escolar e se transformam em trabalhadores despreparados no futuro fazendo aumentar as desigualdades já existentes. Durante muitos anos nos disseram que sonhar era coisa de rico, que a esperança era para os ricos, que o sucesso era para os ricos e que a felicidade era para os ricos, fomos martelados que o fracasso pertence aos pobres tantas vezes que acabamos incorporando como verdade e assim aceitamos que jamais conseguiríamos nos tornar em vencedores. Talvez essas afirmações venha justificar em parte a omissão e o descaso por parte da sociedade quanto ao trabalho infantil principalmente a população mais pobre, no entanto, aos poucos uma luz no fim do túnel vem surgindo mesmo que de forma tímida ela se apresenta. Diversos projetos e ações de enfrentamento ao trabalho infantil vêm ocorrendo no Brasil e no mundo, ainda não é o suficiente para que essa ferida venha cicatrizar ou até mesmo sumir mais o primeiro passo vêm sendo dado, os movimentos a favor da redução da idade penal deveriam se empenhar na defesa do fim do trabalho infantil ocorre que a ideia original vem daquele setor em que não precisam lutar pela sobrevivência, vem daqueles que possuem a facilidade dos recursos para o investimento na melhor educação para seus filhos e os jovens mais pobres para esse grupo não passa de trabalhadores que um dia estará ali para manterem suas conquistas e seus confortos. Sensibilizar os pais de jovens carentes é tarefa para os grupos de defesa dos direitos humanos, que é possível existirem esperança em um tempo melhor para uma população que vem sendo retirado seu futuro em nome de um projeto de criação de mão de obra no lugar de oportunidades futuras, conversando com jovens de estados como Tocantins, Espírito Santo, Goiás e Rio de Janeiro é fácil observar seus sonhos e não se trata de ficarem atrás de um balcão ou de trabalhador braçal, nada disso, muitos querem se tornar advogados, médicos, engenheiros, arquitetos e até políticos. São jovens que teimam em romper com estatísticas pessimistas e projeções nada animadoras, mas que a vitória faz parte de cada um deles. Suas famílias possuem as virtudes e as contradições de outras, muitas possuem na mãe o seu chefe e nem por isso são menos preparadas em caráter, ética, virtudes ou respeito pelo outro é assim que milhões de famílias educam , formam e levam seus filhos a vitória. Existe uma esperança e existe uma luz no fim do túnel.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Educação: Que mudanças seriam necessárias para o Brasil.

Que mudanças seriam necessárias para o Brasil? Qualquer que seja o problema que venha ocorrer no Brasil à educação é logo apontada como solução, segundo os analistas a ausência dela tem nos levado da desigualdade social até a corrupção, sem esquecermos é claro a forma errada que o brasileiro realiza na escolha de seus candidatos no momento de ir às urnas. Acredito que ninguém venha discordar que a educação é fundamental para o desenvolvimento de uma nação, no entanto, no caso brasileiro se faz levar em conta o processo de formação de nossa terra quanto povo e nação. Os que defendem a educação como saída para todos os nossos problemas sempre procuram dar exemplos de outros países ou culturas, como se fosse simples seguir seus exemplos. Agindo dessa forma acabamos nos esquecendo dos reais motivos que levaram com que a educação brasileira ficasse em segundo plano. Vivemos um momento especial é verdade, o crescimento alcançado nos últimos anos permitiu que uma parcela significativa da população pudesse sonhar com bens antes possíveis de serem realizados, há não ser em sonhos. Esse crescimento, no entanto deixou claro o modelo de desenvolvimento realizado no país até então. É evidente que a educação deve ser o caminho trilhado por todos, seja pelas autoridades, sociedade organizada e o cidadão comum. No entanto, precisamos ver de que educação estamos nos referindo, e escolar ou aquela que nos remete a construção de uma nação composta de cidadãos conscientes e acima de tudo éticos com valores que não ficam apenas no discurso. Para demonstrar a falência do nosso sistema educacional, exemplos de outros países sempre são citados pelos nossos analistas, especialistas e defensores de uma boa educação no Brasil. Mais nos esquecemos de avaliar como se deu o processo educacional em nosso país e principalmente a importância que a família tem na formação das crianças e jovens nas mais diversas culturas espalhadas pelo mundo. Outro ponto importante esta na ausência do cidadão comum no momento de formular uma política para esse setor importante na vida de qualquer país. Não pretendo é claro ser o descobridor das soluções para um problema tão importante e grave, mas o que pretendo realizar nos textos seguintes é contribuir no debate mostrando a opinião de pessoas que entrevistei no período de três anos, são opinião de pais, filhos, professores e sindicalistas e algumas autoridades. Com certeza ocorrerá algumas contradições e opiniões que muitos dirão que é de quem não vive o problema, mas para isso é que servem os agentes políticos, sejam governamentais ou não, avaliar o que o cidadão pensa e a partir dai buscar uma solução que atenda ao conjunto da sociedade e não apenas aos setores organizados, até porque a maior parte da população é composta por aqueles que vivem de casa para o trabalho e do trabalho para casa, não tendo em sua maioria o simples direito de momentos de lazer mesmo que pequenos.

Registros de Imagens.

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