segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Situação da mulher parte I

O debate envolvendo uma propaganda de lingerie estrelada pela modelo Gisele Bündchen no momento em que três mulheres acabam de ganhar o prêmio Nobel da paz e que existem no mundo diversas chefes de estado e milhares de parlamentares pelo mundo afora, o papel da mulher em diversos setores da sociedade inclusive se existe ainda nos dias de hoje a mulher tratada como “objeto sexual” se acirrou bastante. Algumas especialistas inclusive criticam a existência de uma secretaria voltada para Políticas da Mulher, pois segundo algumas elas não precisam que defendam seus direitos por já conhecerem. A questão é que o mundo não é composto apenas de regiões onde os avanços foram atingidos assim como o Brasil não é composta apenas pelas regiões sudeste e sul ou das grandes cidades, muito pelo contrario, países da África ou de outras continentes e no Brasil as regiões aonde direitos e informações chegam conforme os mandantes muitas situações ainda sem precárias e difíceis de acreditar que ocorram. É fato que o jogo da sedução existe e não é de hoje, inclusive fatos históricos mostram isso, acontece que o machismo e o desejo de ter uma mulher como propriedade não terminou e ainda deverá levar um bom tempo pra ser eliminado da sociedade. O tráfico de pessoas para fins sexuais existe como uma demonstração desse pensamento, o turismo sexual que através de empresas de fachadas de empreendimentos que apenas servem como local de abordagem de meninas, jovens e mulheres para esse tipo de crime é também uma prova da existência do pensamento da “mulher objeto sexual”. Tratar como doentes pedófilos homens que sentem prazer de fazerem sexo com crianças é minimizar um crime grave que ocorre nas rodovias espalhadas pelo Brasil e no mundo, assim como em estabelecimentos espalhados por milhões de cidades no mundo inteiro. As ocorrências realizadas em delegacias especiais que tratam de mulheres e crianças e adolescentes estão cheias de denuncias onde as violências acontecidas tinham como “justificativas” os direitos de marido/companheiro de poderem fazer sexo no momento que tivesse vontade, e as filhas como lhe pertencem podem fazer o que quiser sem que alguém possa interferir. Os leilões que ocorrem de virgens nos mais comércios legais disfarçados de clubes, saunas, salas de massagens, boates ou bares, patrocinados por agencias de turismo são fatos que demonstram de forma clara a existência de um comercio onde os seus “clientes” são pessoas que apenas procuram momentos de diversão e de “poderem se deliciar com carne nova” segundo um depoimento do agressor de uma menina de 12 anos no Estreito, cidade do Maranhão as margens do Rio Tocantins onde está sendo construída uma hidrelétrica. É fato que os avanços vem ocorrendo principalmente desde 2003 com a política de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil, no mundo diversos tratados são criados e debatidos pelas nações do mundo inteiro, mais ainda é muito pouco por tudo que presenciamos pelos noticiários da imprensa principalmente se levarmos em conta que muito dos casos não chegam na policia seja porque famílias estejam envolvidas ou pelos “homens de bem” que utilizam deste “prazer”. Existem juízes, empresários, políticos, policias, militantes de movimentos sócias e cidadãos comuns que se encontram na lista dos exploradores de mulheres, crianças e adolescentes. Da mesma forma que mães agenciam suas filhas, esposas justificam as atitudes de seus maridos como sendo “coisa de homem” e porque existem essas mulheres para fazerem o que as mulheres direitas que são as esposas não podem e nem devem fazer. Muitos me perguntam se ainda existem mulheres que pensam dessa forma, digo que sim e como diriam no interior “aos montes”. Deve sim existir os setores de defesas de mulheres, crianças e adolescentes que são exploradas das mias diversas formas, o trabalho escravo ainda é presente na vida do brasileiro e em muitos casos patrocinados por grandes empresas e políticos importantes e influentes e que por isso mesmo conseguem se proteger da justiça até porque alguns juízes fazem parte desses homes de “bem”. Dando continuidade ao trabalho iniciado com um livro sobre a situação da população infanto-juvenil que se encontra em revisão para ser publicado, venho organizando as dezenas de entrevistadas já realizadas com jovens e mulheres que confiaram suas histórias para que possam servir de testemunho do que ainda ocorre nos cinco cantos do Brasil, algumas conseguiram se liberdade de seus algozes quem sabe outras também não venham conseguir. Mais apenas em mostrar essas histórias e acabar com a história de que somos uma sociedade moderna e muita coisa já virou passado já me sinto cumprindo com uma parte da missão que devemos ter.

Registros de Imagens.

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